A Hospedeira
(The Host)
Stephenie Meyer
Esse é um livro controverso. Há quem ame, há quem não suporte e há quem sequer teve paciência para terminar de lê-lo. Eu estou no time dos que amam. Simples assim...
Conhecemos Stephenie Meyer com os livros da Saga Crepúsculo e, mesmo antes de virar 'modinha', me encantei pela narrativa cativante e pelo mundo criado por ela, com vampiros bons (e que brilham), lobisomens, o amor de uma humana por um vampiro, enfim.
Achei que ela não conseguiria se superar.
Pois bem. Então veio "A Hospedeira", e digo: ela se superou! Ela não só criou um mundo, ela criou todo um universo! E um universo tão bem detalhado e incrível! Pra mim é de longe o melhor livro dela, mais maduro, mais emocionante...
Segundo a própria Stephenie: “É um livro de ficção científica que não parece ficção científica – é sobre um triângulo amoroso com apenas dois corpos. O que mais gostei nesse livro foi de explorar o amor de ângulos tão diferentes. O amor pela comunidade, pelo próprio ‘eu’, pela família – o amor romântico e o amor platônico.”
Confesso que a premissa do livro me desanimou um pouco no começo. Lendo a sinopse não botei muita fé porque não sou lá muito fã de ficções científicas envolvendo alienígenas. Estava com um pé atrás, pois só o que eu sabia era que a história tratava de seres alienígenas que invadiram a Terra e fizeram dos humanos seus hospedeiros; os humanos invadidos perdiam a consciência, que era assumida pelo tal alienígena. Só dei uma chance mesmo por gostar dos outros livros da autora.
E não me arrependo!!! Eu já li há algum tempo, e mais de uma vez, pra terem idéia do quanto eu gostei. Fiquei absolutamente fascinada pela história. Por isso, podem criticar como quiserem mas digo e repito: Stephenie Meyer é genial!!!
A história começa um pouco confusa, porque não trata de algo sobre o qual temos uma idéia pré-concebida (como os vampiros). Conta a história dessa alienígena, que é implantada no corpo de uma humana, após passar por 8 outros hospedeiros, cada um de uma espécie e planeta diferentes. Mas, diferente dos outros, a hospedeira se recusa a abandonar seu corpo, se recusa a desaparecer. Melanie continua na mente de Wanda (Peg, na edição brasileira), a alienígena, mostrando a essa, aos poucos, como era sua vida, sua família, seu irmão Jamie e o seu grande amor, Jared. Inconscientemente, Wanda/Peg também se apaixona por Jared e sente um inexplicável carinho por Jamie, e vai atrás deles. A grande complicação é que como Melanie, Jared faz parte de um grupo de rebeldes que resiste à invasão alienígena, vivendo escondido do mundo, e sendo perseguido.
A partir daí acontece de tudo e a leitura nos prende de uma forma envolvente demais. Basta nos deixarmos levar... Normalmente sou durona, mas em várias partes a história me fez chorar... copiosamente...
O nome desse livro é Ian... Vai por mim. Me apaixonei completamente por ele. Quero um Ian pra mim. Um cara capaz de sentir e demonstrar uma forma tão pura de amor...
No fundo, o livro é sobre isso, o amor. Em todas as suas formas. Amor de mãe, de irmão, de amigo, de família, homem-mulher, amor próprio... incrivelmente, está tudo lá.
Eu sou até chata pelo tanto que recomendo esse livro. E sempre que sei que tem alguém lendo, imploro pra pessoa não desistir, não se assustar com o início confuso (que, lendo uma segunda vez, já não é tão confuso assim)
Um livro que entrou fácil na lista dos meus preferidos.
PS 1: Recentemente, foi lançada uma nova edição lá nos Estados Unidos, em que a Steph adicionou um capítulo extra, que estaria entre os capítulos 58 e 59, mostrando uma perspectiva diferente de determinada cena...
PS 2: A Hospedeira, assim como a Saga Crepúsculo, teve seus direitos comprados e terá versão cinematográfica. Só não se sabe quando.
PS 3: Está nos planos da titia Steph duas sequências para A Hospedeira, mas ainda sem qualquer previsão de quando ela sequer vai começar a escrever, já que ela está muito envolvida na produção dos filmes de Twilight...
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