Meus Discos e Livros e Tudo o Mais!: agosto 2010

31 de agosto de 2010

Blog Day 2010


Blog Day 2010

31 de agosto é o Blog Day.

O objetivo é que se tenha um dia dedicado a indicar e conhecer novos blogs. O dia 31 de agosto foi escolhido porque 3108 é uma combinação numérica que se assemelha à palavra 'Blog'. Legal, né?

A ideia é que cada blog indique outros 5 blogs que costuma acompanhar e gostaria de divulgar. Eu acompanho muitos blogs, mas decidi que vou recomendar os 5 primeiros blogs literários que conheci e que gosto muito.

Então, vamos brincar de blog day?



Um dos primeiros blogs que achei quando comecei a procurar mais sobre os livros que a simples sinopse. É formado por uma equipe bem bacana e sempre vou lá dar uma olhada nas opiniões sobre os livros...


Quem gosta de Chick-Lit, nossa adorada 'literatura de mulherzinha', conhece o Lost, e o trabalho e a dedicação da Julianna Steffens. Simplesmente essencial!



Menina da Bahia
Me encantei pelo blog desde a primeira vez que vi aquela menina lendo deitada em uma rede... que inveja dela! E a Natália é uma querida!




Mais um blog super caprichado, com resenhas deliciosas, que sempre me despertam a vontade de ler todos os livros! E, pra melhorar, a Nanda é hiper simpática!



O critério para as indicações dessa postagem poderia muito bem ser a simpatia das blogueiras, e a minha xará do Leitora é uma das mais simpáticas e atenciosas! E é mais uma das que tem o dom de me fazer sentir que preciso ler o que ela indica!



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Parceria - Editora Underworld


Fazendo uma breve pausa nas resenhas para anunciar parceria do blog com a Editora Underworld. Yay!!

Em breve, postarei informações sobre os lançamentos, mas já adianto que tem livros muito interessantes a serem lançados até o final do ano e eu já quero ler todos!! rss

Se, enquanto isso, quiserem comprovar e dar uma bisbilhotada, só clicar no logo e se preparar para adicionar vários livros na listinha de futuras leituras...


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29 de agosto de 2010

'Aprendendo a Seduzir - Patricia Cabot'







Aprendendo a Seduzir
(Educating Caroline)
Patricia Cabot








Lady Caroline Linford está noiva do Marquês de Winchilsea, que salvou a vida de seu irmão Thomas, e ela está ansiosa pelo casamento, cada vez mais próximo. Acontece que durante um baile, o Marquês desaparece e, ao procurá-lo, Lady Caroline o flagra nos braços de outra mulher. Estando os dois ocupados demais para notar sua presença, ela sai do cômodo e se vê diante de um dilema: o que fazer ao descobrir que seu noivo a traiu? Ela cogita terminar o noivado, mas sua mãe a faz desistir da ideia, pois todos os convites já foram entregues e, além disso, a sociedade em que vivem acha completamente normal que os homens tenham amantes. Afinal, há coisas que eles não fariam com suas esposas.

Caroline decide seguir com o casamento, mas, não querendo dividir o marido com ninguém, fará de tudo para aprender a ser a esposa e, ao mesmo tempo, a amante. Para isso entra em cena Braden Grandville, o mais notório libertino de Londres. Sua fama com as mulheres era conhecida por todos. Grandville está noivo de Lady Jacquelyn, e, desconfiando que ela o trai, quer terminar o noivado, mas, sem provas de sua traição, teme que ela o processe por quebra de compromisso. Se ao menos alguém pudesse testemunhar a seu favor... Caroline, que por um acaso flagrou a noiva de Grandville nos braços de outro homem, faz um acordo com ele: testemunhará a seu favor, apesar de se recusar a revelar quem era o tal homem, desde que ele lhe dê lições (na teoria, claro) sobre sedução. Conforme as aulas ocorrem, faíscas surgem e não é difícil imaginar o que acontece...

Se por acaso alguém ainda não sabe, Patricia Cabot é o pseudônimo adotado pela Meg Cabot em seus romances históricos. Aprendendo a Seduzir é o segundo deles a ser publicado no Brasil, sendo o primeiro ‘A Rosa do Inverno’. Algo em comum entre eles (além do óbvio de serem da mesma autora) são as capas lindíssimas!

Sobre o Aprendendo a Seduzir, achei o início dele meio devagar, demorei um pouco para engatar na leitura, mas depois, a história entra num embalo e nos faz lembrar porque a Meg Cabot é tão boa! O livro não se resume apenas ao libertino dando aulas para a Lady e o inevitável envolvimento deles, a história realmente começa a fluir melhor quando outros personagens são desenvolvidos, alguns, inclusive, passam a correr um perigo concreto e começam a surgir intrigas. Mas claro, o enfoque principal não deixa de ser o romance.

Eu adorei a melhor amiga da Caroline, a revolucionária Emily, 'botando o terror' e escandalizando por não querer usar corpete! rss E também o pai do Grandville, o divertido, inoportuno e aficionado por títulos de nobreza, Sylvester Grandville. Acho que só faltou uma coisa: fiquei torcendo para que rolasse um romancinho paralelo entre dois personagens secundários, mas nem rolou...

Ah, há uma sutil menção a personagens de A Rosa do Inverno. Bem sutil. São mencionados só de passagem, mas adoro quando essas aparições de personagens de outros livros acontecem!

Por fim, foi um livro que comecei não achando tão dinâmico quanto o anterior, mas que compensou a lerdeza do início com um bom desenvolvimento, algumas reviravoltas surpreendentes e um final pra lá de satisfatório!



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25 de agosto de 2010

'Sussurro - Becca Fitzpatrick'








Sussurro
(Hush, Hush)
Becca Fitzpatrick








Nora está em um momento difícil de sua vida, ainda lidando com a morte trágica de seu pai, e com o emprego de sua mãe, que a deixa afastada grande parte do tempo. A última coisa que ela quer é se apaixonar. Porém, ela se vê estranhamente atraída por seu novo parceiro na aula de Biologia. (Onde foi que eu vi isso antes? Anyway...) Patch, até então um desconhecido novato, parece estar em todos os lugares em que Nora vai, e ela não consegue decidir se é só uma coincidência, ou mesmo se isso é bom ou ruim...

Desde a primeira vez que vi a capa de ‘Hush, Hush’, numa das minhas andanças pelos blogs gringos, fiquei absolutamente encantada. Com essa capa incrível, tendo como tema anjos caídos e uma sinopse interessante, fiquei absurdamente ansiosa pelo lançamento no Brasil. O livro foi publicado aqui, e para nossa alegria a Intrínseca manteve a linda capa. Mas aí veio outra questão: minhas expectativas estavam bem altas. Já se sentiram com receio de começar uma leitura e se decepcionar? Me senti assim. Então, apesar da minha ansiedade, meu exemplar de Sussurro passou um tempinho na estante, me olhando, até que finalmente tomei coragem de lê-lo.

Conforme fui lendo, achei que não ia me empolgar, que os acontecimentos seriam previsíveis, que tínhamos mais uma protagonista metida a investigadora, e que sabia exatamente o que ia acontecer. Me enganei. Chegou um ponto em que realmente me envolvi no enredo e não conseguia deixar de ler. Me peguei dando espiadas na página ao lado, curiosa sobre o que ia acontecer. Praticamente devorei a segunda metade do livro.

Tudo começa como mais um entre tantos romances. Nora é obrigada a se sentar com um aluno novo, que parece saber tudo sobre ela, enquanto ela não sabe nada sobre ele, a não ser que ele tem algo de muito estranho. A princípio ela fica obcecada por descobrir mais sobre Patch, mas uma série de acontecimentos sinistros muda seu foco. Ou quase. Ela se sente vigiada, assustada, e intrigada em saber qual a relação de Patch com tudo aquilo. Nora não sabe em quem pode confiar, nem se pode confiar em si mesma.

Gostei da Nora, esperta, decidida quando preciso, e corajosa, porque chega de mocinhas bobinhas e indefesas. Muita gente se irritou profundamente com a Vee, mas eu não. Claro que não é das minhas personagens preferidas, mas não nutri um ódio mortal por ela. Vee é a melhor amiga da Nora, e daquele tipo de amiga que te põe em encrenca, te faz passar vergonha, e ainda te faz se sentir responsável por ela... conheço tanta gente assim... Mas o melhor mesmo é o cara dos olhos negros penetrantes. Vamos ser sinceras, adoramos um bad boy! Eu sei que eu tenho uma queda por personagens assim. Charmoso, meio metido, um tanto arrogante, com um ar de mistério, um sorriso magnético e acima de tudo, lindo. Assim é o Patch.

Só sei que li me preparando pra achar que não era tudo isso que andam falando, mas é sim. É tudo isso. A Becca arrasou em sua estréia literária, mantendo o suspense e os mistérios e realmente surpreendendo. Por isso, estragaria totalmente a surpresa se eu contasse aqui qualquer coisa além do que diz a sinopse. Mas posso dizer que fiquei muito aflita com o final, porque sofro da mesma fobia que a Nora!

Resumo da ópera, Sussurro não é só uma capa (incrivelmente) bonita. É o surgimento de uma grande série, de uma grande escritora, e de uma nova moda literária e certamente cinematográfica. Ainda teremos muitos anjos por aí.

Observação final: Se o carinha por quem você está afim tem algo de estranho, ou até de sobrenatural, joga no Google que você descobre o que é!! Funcionou para a Bella, funcionou para a Nora... Google, desde 1999 elucidando facilmente grandes mistérios.



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23 de agosto de 2010

Bienal do Livro de São Paulo 2010


Primeiro, palmas pra mim que só fui no último dia na Bienal, e esqueci de levar máquina pra tirar fotos! o_O Para não dizer que não tirei nenhuma foto, tirei algumas da entrada com meu celular, mas não ficou lá essas coisas... rss

Bom, eu já estava encantada apenas vendo as fotos e lendo os relatos de quem foi, mas ver aquilo tudo pessoalmente foi muito mais encantador. Como sabia que iria só um dia, fiz planos, marquei que estandes queria ver e tudo mais, mas quem disse que eu consegui seguir o planejado? Fiquei como uma barata tonta de um lado para o outro, querendo ver tudo ao mesmo tempo, e assim como sei que passei mais de uma vez nos mesmos lugares, tenho certeza que não passei em algumas das 'ruas', e que muita coisa ficou para trás.

Vi o tão comentado anjo no estande da Record!! O que encantou tantas blogueiras por aí... Fiquei com pena do rapaz do tanto que ele era assediado!! hahaha Na verdade dei boas risadas de umas meninas disputando quem iria tirar foto com ele primeiro, e esperando que a qualquer momento elas iriam sair no tapa!

O que posso dizer sobre a Bienal é que os estantes estavam realmente lindos, super caprichados, os atendentes eram super simpáticos, mas os livros poderiam ser um pouquinho mais baratos...rs

Nesse último dia, como parece que foi todo o fim de semana, estava muito lotado! Vocês não fazem ideia do mar de gente, todos se acotovelando nos estandes mais badalados, querendo olhar os mesmos livros, se esbarrando pelas 'ruas'. Mas tudo isso faz parte. Acredito que a maioria, como eu, estava com a adrenalina de último dia à flor da pele!

O que lamento profundamente foi não ter conseguido ir conhecer os blogueiros que passaram por lá nos outros dias, ou conversar com os escritores, pegar autógrafos, assistir às palestras. Devia ter me planejado há mais tempo pra conseguir fazer tudo isso... Vamos começar a programar a Bienal do Rio no ano que vem?! hehe

O importante é que saí de lá destruída de tanto ir de um lado pro outro, mas com meu Fallen, lindo e macio, nas mãos, e, claro, otras cositas más... Aliás, se dependesse de mim, trazia fácil meia Bienal para casa!!


PS: Alguém me dá de presente um marcador do Fallen? Estou frustrada porque fui na Bienal e não peguei nenhum... =(



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16 de agosto de 2010

A Leitura e Eu

Aprendi a ler com 4 anos de idade. Era apaixonada por gibis, ficava olhando as gravuras e inventando a minha própria história, baseada nelas, até que um dia minha mãe percebeu que o que eu contava era exatamente o que estava escrito. Desde então nunca parei. Dos gibis passei para os livros infantis clássicos. Mas eu queria mais. Quando tinha pouco mais de 10 anos fiquei encantada com uma coleção de livros do Sherlock Holmes que encontrei na casa do meu avô (que eu gostaria muito de saber onde foi parar).

Mais tarde descobri os livros do Pedro Bandeira e os da Coleção Vaga-Lume e li o máximo que pude. Sempre fui aquela que ficava amiga das tias da biblioteca e estava sempre por lá, curiosa com tudo. Me aventurei pelos clássicos, perdida em um Sonho de Uma Noite de Verão, em busca da Felicidade Clandestina. Comecei a me apaixonar por personagens, implicar com outros (afinal que raio de personagens eram aquela Capitu, com seus olhos de ressaca e o tapado do Bentinho?) e me rebelei contra a literatura certinha quando descobri Stephen King e sua Carrie.

Então passei por um hiato nas minhas leituras. Durante os 5 anos de faculdade, e mais quase 2 anos depois, apesar de ainda ler muito, não li nada que não fosse acadêmico. A leitura tomou moldes de trabalho.

Mas chegou um ponto em que a falta de leitura apenas pelo prazer de ler foi insuportável, e eu novamente mergulhei no maravilhoso mundo dos livros. Saramago e sua falta de pontuação, Marian Keyes e seu jeito divertido de falar de coisa séria, as verdades disfarçadas do Mario Prata, as cativantes personagens da Sophie Kinsella, os intrigantes enredos do Dan Brown, os variados tipos de vampiros e outros seres fantásticos.

E eu me envolvo. Converso com personagens, apoio, brigo (isso até mesmo com os livros acadêmicos. Perdi a conta das vezes que briguei com um livro por não concordar com o pensamento defendido). Acho que não vale a pena virar a primeira página de nenhum livro se não se está disposto a se deixar envolver.

Quando descobri os blogs literários, esse bando de gente tão apaixonado por livro quanto eu, não me senti mais sozinha. Achei pessoas com quem conversar e discutir apaixonadamente sobre livros, quando antes, tinha que ir à casa de uma amiga, pra conversar com a mãe dela, professora de literatura aposentada e leitora inveterada (apaixonada pelo vampiro Edward), a quem ainda encontro sempre disposta a conversar, desde que eu não mencione minha implicância com os pra ela intocáveis personagens do Dom Casmurro. rss

A criação do meu próprio blog foi, pra mim, uma evolução natural dessa necessidade de expôr minhas impressões, e fico muito feliz com cada pessoa que me visita, e que também divide seus pensamentos comigo.

Enfim, só queria partilhar um pouco com vocês todos esses sentimentos e essa parte importante da minha vida, sabendo que quem é tão apaixonado por isso tudo como eu vai entender.

E termino o post com uma confissão: eu SEMPRE leio a última frase do livro antes mesmo de ler a primeira. ;D




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13 de agosto de 2010

'Preciso Te Contar Uma Coisa - Melissa Hill'









Preciso Te Contar Uma Coisa
(Something You Should Know)
Melissa Hill







É o livro de estréia da irlandesa Melissa Hill, e por enquanto o único lançado no Brasil. Conhecemos Jenny, que está se preparando para um exame que lhe dará uma promoção no trabalho, além de estar às vésperas de seu casamento com o perfeito Mike. A vida não poderia estar melhor. Então ela descobre que Roan Willians está de volta à Irlanda, pior, está trabalhando na empresa de Mike. Roan, por quem ela foi completamente apaixonada, quem ela acreditou que seria o ‘the One’, quem tanto a fez sofrer. E esse retorno faz com que um grande segredo venha à tona. Também conhecemos Karen, que se prepara para uma batalha judicial para permanecer na casa que comprou junto com seu ex-noivo, apesar de os documentos estarem somente no nome de Shane.

Então o livro volta quatro anos, e descobrimos como os personagens chegaram onde estão no começo do livro. Vemos o relacionamento de Karen e Shane, antes mesmo de eles se tornarem noivos, e como Jenny, depois de voltar de uma temporada na Austrália, após seu namorado a trocar por uma amiga, se apaixona e começa a se relacionar com Roan.

Ah, as protagonistas burras... sempre nos deparamos com elas. Como eu xinguei a Jenny por ser tão idiota, tonta, tapada. E parece que para toda mocinha tapada surge um cafajeste para lhe fazer companhia. E para isso entra em cena o Roan. É uma história com muitos personagens, o que eu adoro, principalmente quando não aguentamos a burrice da protagonista, pois podemos nos distrair com outros personagens mais centrados (ou não).

Como o título sugere, “Preciso te Contar Uma Coisa” trata de segredos guardados que, em algum momento, vêm à tona. Assim, pra não estragar a surpresa, não posso contar muito sobre o desenvolvimento da história. Mas posso dizer uma coisa: não acredite em tudo o que lê. Nem tudo nesse livro é o que parece. Fica a dica! A autora nos leva a acreditar piamente em algo que na verdade não é nada do que pensamos. Em um determinado ponto eu entrei em estado de negação, me recusando a acreditar no que eu lia. Voltei, reli capítulos, e me dei conta que caí na cilada que a autora criou. Acreditei em algo que ela não escreveu. Se você não leu o livro deve ter achado meu comentário totalmente sem noção. Mas eu não posso explicar... só lendo.

Gostei da narrativa da autora que consegue nos prender, manter suspense, cativar, torcer, sentir raiva, nos surpreender. Espero que os outros livros dela sejam lançados logo por aqui. Ela tem outros 8 livros e acaba de assinar para lançar um thriller policial. Se em um chick-lit ela já consegue manter suspense, imagina! Se quiser saber mais sobre a autora, indispensável a entrevista que ela concedeu ao Lost In Chick-Lit. Leia!!

Sei que em termos de efeito dramático o final foi perfeito, mas eu queria saber mais. Queria saber sobre o encontro com o... e as consequências de... e a Karen, e ela e o... Por isso que sou super fã de epílogos! Enfim, já estou acostumada a me sentir assim. Eu sempre quero saber mais!

Um comentário aleatório: Nunca fui à Irlanda, mas já li tantas histórias que se passam em Dublin que minha imaginação já me fornece cada detalhe da paisagem, das ruas, dos pubs... É, eu sei, não sou normal.

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10 de agosto de 2010

'Pobre Não Tem Sorte - Leila Rego'







Pobre Não Tem Sorte
Leila Rego







Produto 100% nacional, o livro de estréia da paranaense Leila Rego conta a história da Mariana, uma garota do interior que está prestes a se casar com o homem dos seus sonhos: bonito, divertido e, principalmente, rico, que irá lhe proporcionar a vida que ela sabe que merece, e por puro capricho do destino não tem. Ela terá o lindo apartamento no melhor bairro da cidade, o vestido de noiva perfeito, sairá na coluna social do jornal, e será invejada por suas amigas. Tudo está correndo perfeitamente até que, o que ela menos esperava, dá errado.

Antes de falar do livro em si, tenho algumas coisas que preciso confessar. Primeiro, tinha um preconceito bobo quanto a livros nacionais desse gênero, um preconceito que surgiu depois que li um livro que não gostei nem um pouco. Mas, como só ouvia coisas boas sobre o Pobre Não Tem Sorte, finalmente decidi arriscar. Outra confissão: a Leila começou a me ganhar pelo carinho com que ela trata as leitoras, pela dedicatória fofa que ela escreveu no meu livro (que comprei direto com ela), e pelas estrelinhas coladas no envelope! rsss

Mas o que me ganhou, definitivamente, foi a Mariana. Me diverti muito com ela! Melhor dizendo, a Mariana me fez passar muita vergonha nas filas e salas de espera da vida, quando não conseguia segurar minhas risadas.

Na ‘vida real’ não tenho paciência para pessoas extremamente fúteis. Gente assim me irrita. Mas a Mariana me divertiu. E muito. Dei muita risada com tanta futilidade, valores deturpados, planos mirabolantes e suas prioridades confusas. E as formas carinhosas pelas quais ela chamava a futura sogra? As melhores.

A Mariana vive em um mundo só dela, que ela criou, idealizou e queria tornar realidade. Nesse mundo ela se veste com as melhores grifes, tem os mais caros sapatos, faz parte da alta sociedade de Prudente, mora no melhor bairro da cidade, frequenta os lugares mais badalados, suas amigas são as mais elegantes e seu noivo o mais charmoso. Sim, nessa ordem de importância.

Adorei todas as referências às coisas, pessoas, lugares e gírias que todos conhecemos. Assim, ao mesmo tempo em que ela vive nesse mundinho só dela, a Mariana, com seus sentimentos confusos, e os demais personagens, são tão reais que sentimos que podemos encontrar com ela, com a Clara, a Cidinha ou com a Dra. Thelma em qualquer esquina. E quem não tem uma tia, ou uma conhecida, meio intrometida e com vários catálogos de produtos pra vender? Terminei o livro com a certeza que posso trombar a qualquer momento com a tia Albertina pela Vinte e Cinco de Março!!!

Vocês vão me matar se eu disser que não gostei muito do Edu? Esperava mais dele. Tá, ele subiu (e muito) no meu conceito no final, ele quase me ganhou, mas não sei, ainda faltou alguma coisa pra eu me encantar por ele. Talvez eu precise conhecê-lo melhor, mas ele certamente tem potencial!!!

Enfim, perdi meu trauma e parei com a bobeira de achar que chick lits brasileiros não poderiam ser tão bons quanto os gringos. Estou definitivamente me juntando ao coro dos que dizem que Pobre Não Tem Sorte não deixa nada a desejar aos seus companheiros de gênero escritos pelas inglesas, americanas e irlandesas.

Quero mais da Mariana. Estou curiosíssima pra saber o que ela ainda pode aprontar. Tanto que a única coisa que consegui pensar quando acabei de ler foi: Leila, quando sai a continuação?


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6 de agosto de 2010

Livros que me despertaram sentimentos controversos

Eu prefiro escrever sobre livros que gosto. Adoro compartilhar aquele sentimento bom de quando terminamos uma leitura que nos agrada. Claro que às vezes esbarro em livros que detesto. Normal. Quem lê muito passa por isso também.

Mas no meio disso, há aqueles livros que não temos certeza sobre o que sentimos em relação a eles. Já passaram por isso? Terminar de ler um livro e não ter certeza se gostou ou não?

Considero que um livro é extremamente bom quando não conseguimos ficar indiferentes. Quando nos envolvemos apaixonadamente pelo enredo, a ponto de nos sentirmos entre os personagens, olhando tudo de perto. Um livro é ruim quando não há espaço para nos envolvermos com a história, com os personagens, com o cenário.

Vou falar aqui de dois livros que, quando terminei de ler, num primeiro momento, não sabia o que achar.





Souvenir
(Souvenir)
Therese Fowler


Carson e Meg são adolescentes e apaixonados. Tendo crescido juntos, todos que os conheciam tinham como única certeza que eles nunca iriam se separar. Mas, aos 21 anos, Meg anuncia que se casará com outro homem. Carson fica arrasado e, atordoado, se dedica integralmente à música. Os anos se passam, Carson, com todo o empenho dedicado à carreira, se transforma em um grande astro. Meg é a dona de casa, mãe e esposa perfeita do homem que secretamente salvou sua família da ruína. Mas, mesmo após tanto tempo, o destino força um reencontro que reaviva as nunca esquecidas lembranças da juventude.

A premissa desse livro em nada te prepara para a intensidade dele.

Eu não estava preparada. Esperava algo completamente diferente. Algo muito mais grave que o simples conflito entre 'aquela que magoou' e 'aquele que teve seu coração partido' acontece. Esse livro tem uma das cenas mais tristes que já li. Nem posso falar muito sobre o que é, senão revelo minha profunda revolta com alguns acontecimentos. E mais, não queria que terminasse como terminou.

Sim, se tudo tivesse se resolvido de outra forma seria como tantos livros por aí, cairia na vala comum dos muitos romances existentes, mas pelo menos ao terminar de lê-lo eu não ficaria olhando para o livro com um sentimento de angústia que demorou a passar. O livro me arrancou muitas lágrimas, de raiva, de tristeza, mas principalmente de angústia.

Mas quem disse que eu conseguia largá-lo? O livro é excelente, apesar de ainda não ter me decidido se gostei dele ou não... rss






Onde Terminam os Arco Íris
(Where Rainbows End)
Cecelia Ahern


Rosie e Alex são amigos desde crianças. Do tipo melhores amigos para a vida toda. De crianças travessas a adolescentes rebeldes, a amizade deles era inabalável. Mas quando o pai de Alex aceita um trabalho em outro país, os dois se vêem obrigados a se separar. E esse é apenas um dos acontecimentos que afastam esses dois, tão ligados um ao outro, mais ligados do que eles mesmo admitem.

Acompanhamos a história dessa amizade, desse amor, desde o seu começo, através de bilhetes, cartas, e-mails, chats e postais trocados entre os personagens. O que dá um charme todo especial ao livro, mas também o torna mais pessoal. Quer algo mais pessoal que uma carta (bendita carta!), sincera, e que expõe os sentimentos mais profundos?

Fiquei angustiada com o tanto de desencontros que acontecem nesse livro! Não tem um final triste, mas me deixou pensando no quanto desperdiçamos oportunidades na vida. Me deprimiu saber que uma única conversa franca poderia solucionar tantos desencontros e mal entendidos. Fiquei abalada de verdade e só pensava no que poderia ter sido. Mas se fosse, o livro não passava das 10 primeiras páginas e seria um porre! rss



Enfim, são livros extremamente bons, em que eu me vi extremamente envolvida a ponto de chorar copiosamente, ficar abalada e manter uma angústia muito depois de terminar a leitura. Envolvida a ponto de achar que tinha o direito de querer outro desenvolvimento para as histórias, para que os personagens, tão queridos, tão íntimos, não sofressem tanto.
Mas, se assim fosse, eu sei, não consideraria os livros tão bons...



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3 de agosto de 2010

**Sequências literárias que não esperei serem lançadas no Brasil (Parte I - Gallagher Girls)**

Eu admito, sou uma pessoa ansiosa. Extremamente ansiosa. E sou viciada em livros. Extremamente viciada em livros. E o que há de pior para uma pessoa ansiosa e viciada em livros? Esperar o lançamento da sequência de um livro ou a continuação de uma série literária. É extremamente angustiante terminar de ler um livro, saber que ele tem continuação, e não poder ler imediatamente o livro seguinte.

BTW, eu adoro livros que tem sequências! Principalmente quando nos apaixonamos pelos personagens e queremos continuar acompanhando o que acontece com eles.

Vou falar aqui apenas das séries literárias em que nem todos os livros foram publicados aqui no Brasil (mas que eu já li, em inglês mesmo...rss) Ia fazer um post único, mas ficaria gigantesco (é, leio muito livro gringo), então dividi em algumas partes... No post de hoje:


Série Gallagher Girls

Ally Carter



Desta série, apenos o primeiro livro (por enquanto) foi publicado no Brasil.
Lançado pela Galera Record, o livro “Escola de Espiãs” (I’d Tell You I Love You, But Then I’d Have To Kill You) da americana Ally Carter é o primeiro da série.

Para todos os que moram nos arredores, e para o resto do mundo, a Academia Gallagher é uma típica escola para garotas ricas, mimadas e superdotadas. Mas, como o título em português já entrega, trata-se de uma escola que na realidade treina espiãs adolescentes. Essas espiãs de elite em treinamento aprendem desde idiomas variados à artes marciais e as últimas novidades em guerras químicas. Nossa protagonista é Cammie 'Camaleoa' Morgan, que ganhou o apelido graças à sua capacidade de passar despercebida, de não ser notada (uma das melhores qualidades para um espião). Além de ser filha da diretora, é uma das garotas mais promissoras da Academia. Mas o que acontece quando, em um treinamento de campo, ela é notada por um garoto comum, que pensa que ela é uma garota comum? Claro que ela sabe como grampear o telefone dele, ou hakear seu computador, mas seria possível ter um relacionamento com alguém que nunca poderia saber quem ela é de verdade?

Eu adoro livros sobre espionagem, logo, me encantei com a idéia de uma escola só para espiãs. Gostei muito do conceito (mesmo quando brincam com o estilo, como é o caso) e gostei do livro. Além de todo o drama adolescente, tem todo o drama que a espionagem envolve, as mentiras, as operações secretas. Por falar em Operações Secretas, até eu desenvolvi uma quedinha pelo professor dessa matéria, Joe Solomon. Imagina um professor gatão numa escola só pra meninas?

Achei muito divertido, por exemplo, que no jantar, todos tem que conversar numa língua diferente a cada dia, ou as aulas inusitadas que elas tem (apesar de ter me confundido com tantas siglas). Adorei a protagonista, Cammie, e adorei as amigas dela, cada uma mais excêntrica que a outra. Mas o que eu me diverti mesmo foi com ela e suas amigas usando todos os seus conhecimentos para se aproximar de um certo garoto comum da cidade...

Só não gostei do título em português, tão simples... Achei tão legal o título original "I’d Tell You I Love You, But Then I’d Have To Kill You", algo como "Eu diria que te amo, mas então eu teria que te matar"

Enfim, como o livro é bom, sabendo que se tratava de uma série, me despertou o interesse de procurar os demais. E eu descobri que se o primeiro é bom, os demais são ótimos! Tudo o que falta no primeiro tem no segundo e o que falta no segundo tem no terceiro. São livros para não largar até terminar. Cada vez mais mistérios são revelados, outros são criados, as cenas de ação aumentam, personagens novos são introduzidos... Por falar em outros personagens, meu personagem preferido da série só aparece a partir do segundo livro... rss

Os demais livros são:

Gallagher Girls #2: Cross My Heart And Hope To Spy

Gallagher Girls #3: Don’t Judge A Girl By Her Cover

Gallagher Girls #4: Only The Good Spy Young (esse foi lançado agora no segundo semestre e já estou morrendo de vontade de ler!)

Não vou falar muito dos outros livros para não estragar a surpresa, mas recomendo!


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1 de agosto de 2010

Músicas que não me saem da cabeça: 'Queen - Under Pressure'

Semana punk, essa música traduz exatamente meu dia hj... Total Under Pressure.

Além de ser uma ótima desculpa pra ouvir Queen, que nunca é demais!!



Pressure pushing down on me
Pressing down on you, no man asked for
Under pressure, that burns a building down
Splits a family in two
Puts people on streets

That's ok
It's the terror of knowing what this world is about
Watching some good friends screaming, "Let me out"
Pray tomorrow, gets me higher
Pressure on people, people on streets

Chippin' around, kick my brains around the floor
These are the days it never rains but it pours

People on streets, people on streets

It's the terror of knowing what this world is about
Watching some good friends screaming, "Let me out"
Pray tomorrow, gets me higher and higher and high
Pressure on people, people on streets

Turned away from it all like a blind man
Sat on a fence but it don't work
Keep coming up with love but it's so slashed and torn
Why, why, why?
Love

Insanity laughs under pressure, we're cracking
Can't we give ourselves one more chance?
Why can't we give love that one more chance?
Why can't we give love, give love, give love, give love, give love, give love, give love, give love?
'Cos love's such an old fashioned word
And love dares you to care for the people on the edge of the night
And love dares you to change our way of caring about ourselves
This is our last dance

This is ourselves under pressure, under pressure, pressure


***