Meus Discos e Livros e Tudo o Mais!: 2012

4 de setembro de 2012

'Any Man of Mine - Rachel Gibson'








Any Man of Mine 
Rachel Gibson







 Sam LeClaire não é um mero jogador de hockey, mas sim um dos melhores. Como muitos de seus companheiros ele é arrogante, convencido e irresponsável. Fez muitas coisas imprudentes na vida, mas talvez a pior de todas tenha sido há 5 anos, quando se casou com uma garota que conheceu em Las Vegas após um único fim de semana juntos e a abandonou no dia seguinte ao casamento. Talvez ele nunca mais precisasse ver aquela ruiva que uma vez o fez perder a cabeça não fosse o fato de ela ter ficado grávida. Autumn Haven é uma ótima mãe para seu filho, Conner, mas é a pessoa que mais o odeia no mundo. Com razão, claro. Pelo bem de Conner eles concordaram em nunca mais se ver - já que cada vez brigavam mais - e que fosse sempre uma das asssistentes de Sam a buscar o garoto para visitar o pai. Após alguns anos sem vê-la, porém, quando menos esperava, ele tem a visão de cabelos vermelhos do outro lado do salão que o faz lembrar da primeira vez que os viu. 

 Autumn tem certeza de que já superou Sam. Certeza de que não o ama mais e nem mesmo o odeia como uma vez odiou. Está certa de que pode lidar com a nova presença constante dele, que resolveu ser um pai mais atencioso e presente, já que é o melhor para seu filho. Ela só não podia se deixar levar mais uma vez por seu charme, seu corpo escultural e seu repentino desejo de ser um pai melhor. Ela tinha que tomar muito cuidado para não gostar demais desse novo Sam

 Any Man of Mine é o sexto livro da série sobre os jogadores de hockey dos Chinooks, famoso time fictício de Seatlle. Em cada livro um dos jogadores do time é o protagonista e, estando no sexto livro, já acompanhamos bastante da história do time. Presenciamos suas vitórias, derrotas, mudança de dono, troca de jogadores etc. Eu sou apaixonada por todos os livros dessa série! As histórias são independentes e podem ser lidas fora de ordem, mas eu acho mais gostoso acompanhar a ordem certa. Essa história começa logo depois dos acontecimentos finais do livro anterior, Nothing But Trouble, e como em todos, os protagonistas dos outros livros fazem suas aparições e acompanhamos um pouquinho mais do que aconteceu com eles depois. Nesse temos o Ty e a Faith de True Love and Other Disasters e o Mark e a Chelsea de Nothing But Trouble

 O protagonista desse livro, Sam, nós já conhecemos dos outros livros da série. O engraçadinho, charmoso e metido a conquistador jogador de hockey que adora uma boa briga e está sempre com um olho roxo durante a temporada de jogos. Eu sou um pouco control-freak como a Autumn, então no começo me irritei com a irresponsabilidade do Sam, mas conforme o fui conhecendo foi impossível não gostar dele, e até entender, um pouquinho, porque ele agia daquela forma. Mas até isso acontecer eu me irritei demais com ele! Já a Autumn, além de control-freak, é uma mãe dedicada, que se esforça para cuidar bem de seu filho, mesmo que pra isso sacrifique todo o seu tempo. Ela não vê o pai há anos, sua mãe faleceu e ela foi abandonada no dia seguinte ao seu casamento, logo depois descobriu que estava grávida. A única pessoa com quem ela podia contar era seu irmão Vince. Magoada, traumatizada, ela queria apenas dar uma família para seu filho, mas desistiu da ideia com o passar dos anos, diante do egoísmo e irresponsabilidade do pai do menino. Ela se fechou também para outros homens, se dedicando apenas à criação do filho pequeno e  começar um negócio bem sucedido. 

 Eu já contei isso aqui mais de uma vez mas vou repetir: eu adoro os livros da Rachel Gibson! São daqueles tipos que a gente lê, relê e adora sempre. Pelo menos comigo é assim. Alguém pode até dizer que os livros dela seguem sempre uma mesma fórmula - casal se conhece e/ou se reencontra, se estranham um pouco no começo, sentem-se atraídos um pelo outro, ficam juntos e felizes por um tempo, algo acontece que os separa mas no fim têm final feliz. Sim, ela segue essa fórmula, se não em todos na maioria dos livros, mas WhoCares? Amo os livros dela mesmo assim, porque o que conta em uma boa história é o desenvolvimento dela. 

 Com Any Man of Mine não é diferente. É uma delícia acompanharmos o reencontro da Autumn e do Sam, observarmos a enorme diferença de personalidade deles e como no decorrer da história ele amadurece e ela aprende a ser mais flexível. E ainda temos o fofo do Conner, filho do casal, que dá um charme maior à história. Me diverti demais com a interação dele com os pais, os "momentos família" são realmente fofos. 

Terminei o livro já querendo pra ontem uma história do Vince, o artomentado e solitário irmão da Autumn, um ex-fuzileiro naval cheio de segredos. Qual não foi minha felicidade quando descobri que o livro mais novo lançado pela Rachel (Rescue Me) tem justamente ele como protagonista! É muito amor por essa autora!!



PS: Os direitos de publicação desse livro e do Nothing But Trouble foram comprados pela Editora Pandorga, mas ainda não há previsão do lançamento deles. 



The Chinooks Hockey Team Series #1: Simply Irresistible 
John “The Wall” Kowalsky and Georgeanne Howard
The Chinooks Hockey Team Series #2: See Jane Score 
Luc “Lucky” Martineau and Jane Alcott
The Chinooks Hockey Team Series #3: The Trouble With Valentine’s Day 
Rob “The Hammer” Sutter and Kate Hamilton
The Chinooks Hockey Team Series #4: True Love and Other Disasters 
Ty “Saint” Savage and Faith Duffy
The Chinooks Hockey Team Series #5: Nothing But Trouble 
Mark “The Hitman” Bressler and Chelsea Ross
The Chinooks Hockey Team Series #6: Any Man of Mine 
Sam Leclaire and Autumn Haven


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24 de julho de 2012

'I've Got Your Number - Sophie Kinsella'







I've Got Your Number 
Sophie Kinsella









Poppy Wyatt estava nas nuvens de tanta felicidade. Estava noiva de um cara lindo e perfeito, com o casamento próximo e tudo estava indo às mil maravilhas. Isso é, até ela perder seu anel de noivado. Seu valiosíssimo anel de noivado. Seu valiosíssimo anel de noivado que era uma herança de família e que estava na família de Magnus há três gerações. Enquanto tentava não entrar em pânico ela vasculhava cada centímetro do salão do hotel onde se reuniu com algumas amigas. Entre a busca e momentos de desespero, Poppy acaba perdendo seu celular - sim, não era o dia dela. Atingindo mais um nível de desespero tudo o que ela conseguia pensar era em como os funcionários do hotel iam entrar em contato com ela se achassem o anel. Claro que não podiam ligar na casa dela e correr o risco do Magnus atender. Ainda circulando pelo hotel, algo numa lixeira chama a atenção dela. Um celular, novinho, perfeito. Depois de ter certeza que ninguém estava procurando, usando a máxima "achado não é roubado", ela pega o telefone, passa o número dele para os funcionários do hotel e todos seus amigos. Então ela recebe uma ligação. Do verdadeiro dono do celular. 

 O verdadeiro dono quer o celular de volta, ela precisa do número até encontrar seu anel. Eles acabam entrando em um "acordo", e ela fica com o celular contanto que repasse para ele todas as mensagens e e-mails que receber nele. Imediatamente. E é o que Poppy faz. Claro que às vezes ela fica entediada no metrô, às vezes ela fica curiosa, então ela lê uma ou outra mensagem, alguns e-mails e começa a criar teorias sobre as pessoas que mandam as mensagens e sobre Sam Roxton - o dono do celular. Conforme ela vai conhecendo-o melhor (pelas mensagens que troca com ele, umas poucas ligações e principalmente pelas mensagens que ele recebe), ela começa a ter opiniões sobre o que ele deveria responder e começa a ter muitas ideias de como "ajudá-lo"... Tudo isso enquanto tem que planejar seu casamento, encontrar seu anel de noivado antes que seu noivo perfeito descubra e ainda lidar com seus futuros sogros, que, ao que tudo indica, não gostam muito dela, que é uma mera fisioterapeuta enquanto eles são uma família de gênios estudiosos com diversos livros publicados.

 Eu amo os livros da Sophie Kinsella! Simples assim. Então sempre começo a leitura de um novo livro dela totalmente propensa a gostar. E dona Sophie até hoje não me decepcionou! Poppy é mais uma protagonista que nos causa MUITA vergonha alheia. Mas muita mesmo, o que, claro, é extremamente divertido. Cada vez que ela decide se intrometer para ajudar alguém... 

 A Sophie é mestre em escrever livros que a gente simplesmente não quer que acabe. Quando o livro chegou ao fim eu ainda queria saber o que ia acontecer com a Poppy, o que ela ia fazer depois, qual a próxima que ela iria aprontar "só tentando ajudar". Queria mais, mas fiquei feliz com o final. É tudo tão divertido, tão engraçado, tão bonitinho. E a narrativa da autora torna impossível não se apaixonar por aquele cara de raro sorriso, mas que quando sorri faz seu coração dar saltos... Eu terminei a leitura com um grande sorriso no rosto e com aquela sensação boa que os livros da Sophie sempre me trazem. 


<3






P.S. A melhor notícia de todas é que esse livro será lançado aqui no Brasil já no próximo mês, pela Record e com o título: "Fiquei com o seu número". Eu não vejo a hora que todo mundo possa ler e se apaixonar por ele como eu me apaixonei! E essa capa aí do lado? Eu já gamei!





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2 de julho de 2012

Julho!



Quero começar o mês com um post de otimismo. Os primeiros meses desse ano foram muito difíceis pra mim, tive alguns problemas sérios de saúde, mas junho foi um mês tão bom que eu estou realmente otimista! Ainda não estou completamente curada, mas minha recuperação está indo muito bem. Junho foi o mês que eu consegui voltar a fazer algumas coisas que antes não conseguia, entre elas voltar a ler meus livros, a escrever algumas resenhas, e, no geral, voltei a me sentir eu mesma. Estava com tanta saudade de mim! rs


Com tudo o que eu passei, e como eu não desejo isso pra ninguém, eu vou me permitir dar alguns conselhos: nenhuma pessoa, problema, trabalho nenhum valem você deteriorar sua saúde por eles (acreditem em mim, eu aprendi do jeito mais difícil); Sempre tenha um plano B, pra quando o plano A não funcionar você não se sentir perdido; E o mais importante, nunca tente carregar o mundo nas costas - deixem essa tarefa para o Atlas! ;D 


Enfim, eu mesma tenho que me lembrar de seguir esses conselhos, mas o que mais importa é que estamos no inverno mas tem um sol lindo brilhando lá fora e o mês está só começando!


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21 de maio de 2012

'Ecos da Morte - Kimberly Derting'







Ecos da Morte
(The Body Finder)
Kimberly Derting








Violet tem 16 anos e se descobriu apaixonada. O problema é que não é por qualquer garoto, mas por seu melhor amigo da vida toda, Jay, que de uma hora para outra ficou extremamente atraente. E não foi só ela que notou... Os conflitos de Violet seriam os mesmos de qualquer garota de sua idade não fosse um porém: Violet possui uma habilidade única que a torna capaz de encontrar cadáveres através de sensações que a invadem, como um cheiro, um som, uma cor, uma energia, um gosto. A essas sensações ela dá o nome de ecos. Esses ecos emanam apenas de vítimas de assassinato e deixam uma marca também no assassino. Desde criança os ecos a levam basicamente a animais mortos nos arredores de casa, mas tudo fica muito mais sério quando é o corpo de uma garota assassinada o que ela encontra, e sabe que o assassino está em algum lugar por ali.

"Além disso, pensou Violet, tinha coisas mais importantes com as quais se preocupar.
Precisava encontrar o assassino, e tinha de detê-lo antes que ele pudesse machucar mais alguém.
Como faria isso, se estava ocupada demais apaixonando-se por seu melhor amigo?"


Ecos da Morte é o livro de estreia da americana Kimberly Derting, e o primeiro da série The Body Finder. Sempre vi muitos elogios a esse livro e eu realmente gostei bastante dele, principalmente porque mistura muitos dos elementos que gosto. Não é um livro policial, mas tem sua dose de crimes e investigações, não é só romance, mas o romance que tem nele é hiper fofo, e além disso, ainda tem um toque de sobrenatural por conta da "habilidade" especial da protagonista.

O ponto de vista que acompanhamos é o da Violet, mas, intercalado a ele também temos o ponto de vista do assassino e temos um vislumbre de seus planos, seus pensamentos, mas sem saber quem ele é. Claro, passamos a leitura tentando descobrir e chegou um momento em que eu fiquei completamente paranoica e desconfiei de todos os personagens. Qualquer um que aparecia eu já achava suspeito. Principalmente aqueles mais próximos da protagonista.

Fora toda a tensão com o serial killer, assassinatos, investigações e os ecos que perseguem a Violet, temos o Jay. Duvido que tenha alguém que não tenha se encantado pelo Jay. Super companheiro, é o único fora da família que conhece o segredo de Violet, e acima de tudo, ele é um fofo, mesmo quando está sendo turrão! rs

O livro dois da série, "Desejos dos Mortos", tem previsão de lançamento aqui no Brasil já para esse primeiro semestre de 2012. Nem estou muito desesperada porque o final desse primeiro é bem satisfatório, mas não vejo a hora!



The Body Finder #1: Ecos da Morte (The Body Finder) 
The Body Finder #2: Desejos dos Mortos (Desires of the Dead) – lançamento no Brasil previsto para o primeiro semestre 2012
The Body Finder #3: The Last Echo
The Body Finder #4: Ainda sem título definitivo, lançamento previsto para 2013*


*informações do site oficial da autora


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1 de maio de 2012

'A Fera - Alex Flinn'






A Fera
(Beastly)
Alex Flinn







Kyle Kingsbury tinha tudo. Era rico, bonito, filho de alguém importante, tinha uma namorada que os outros garotos cobiçavam, era o mais popular da escola. Com tudo isso, ele era um adolescente bem cheio de si. Tão cheio de si que achava natural ser cruel com as pessoas que o rodeavam, desde aqueles que trabalhavam pra ele até os seus amigos. Ele ia levando muito bem sua vida vazia e fútil até o dia que sua atitude irritou uma bruxa. Ah, ele foi ser cruel justamente com uma bruxa... É óbvio que ela não ficou nada feliz e lançou uma maldição contra ele, que passaria a ser tão feio por fora quanto era por dentro. Seu rostinho bonito foi substituído por uma horrível aparência, pelos por todo o corpo, garras... Mas, como antes da transformação Kyle pratica um único ato gentil, a tal bruxa lhe dá uma chance: a maldição será quebrada se, num prazo de 2 anos, ele encontrar uma garota que o ame do jeito que ele é, que ele também a ame e receba dela um beijo do amor verdadeiro. Mas quem se apaixonaria por alguém com aquela aparência, quem se apaixonaria por uma Fera? 

Não é à toa que essa história é familiar, já que se trata de uma releitura de um clássico conto de fadas, "A Bela e a Fera", trazido à Nova York dos tempos atuais. Nesse livro da americana Alex Flinn, porém, temos o ponto de vista da Fera e, numa narrativa em primeira pessoa, conhecemos todos os seus pensamentos, medos e anseios. Vemos o arrogante e prepotente Kyle perder tudo o que estimava (por mais superficial que fosse) e descobrir que não se pode julgar tudo – e todos – pelas aparências.

É uma história tão bonitinha! Me vi envolvida com a história do Kyle, acompanhei sua evolução – como personagem e como pessoa – e torci demais, todo o tempo, para que ele conseguisse quebrar a maldição. Se é previsível? Oi? Todo mundo conhece a história da Bela e a Fera, mas nem por isso deixa de ser encantadora. Gostei muito da narrativa, do Kyle, do Will, o tutor cego que passa a ensiná-lo quando ele vira a Fera, e também da "Bela", que nessa história tem um nome diferente para não sacarmos logo de cara quem ela é. Adorei que ela encontra a Fera por causa do pai dela, como no original, que ela é fascinada por livros e se depara com muitos e muitos livros na casa da Fera (gente, a Bela é bookaholic, como não ser a minha favorita das “Princesas”?). E adorei o chat do grupo de apoio on-line para pessoas transformadas, que tem outros personagens que também conhecemos de longa data.

Só achei que o final foi corrido demais. Os acontecimentos finais poderiam ser um pouco mais desenvolvidos. Outra coisa que não gostei foi dessa capa nacional. O livro ganhou uma adaptação cinematográfica e são os personagens do filme que vemos na capa. Dificilmente gosto das capas com imagens dos filmes, e dessa gostei menos ainda. A capa americana original é tão mais bonita, e a rosa branca que a ilustra tem tão mais a ver com a história... E já que eu mencionei o filme baseado neste livro, tenho que contar que ele é legalzinho, bem "sessão da tarde", mas tem muuuitas diferenças, a começar pela caracterização da Fera que é totalmente diferente da descrita no livro (que é mais parecida com a imagem que nos foi incrustada na mente pelo desenho da Disney).

Li sem muitas expectativas pois sei que muita gente não gostou, mas eu adorei. Bonitinho demais!!


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25 de abril de 2012

Blogosfera Anti-Plágio


Então é assim: você pega aquele seu livro bacana da estante. Abre, começa a ler. Presta atenção em todos os detalhes, cola post-its, faz anotações. Pensa em como aquela frase vai fazer o maior efeito na sua resenha. "Poxa, acho que os leitores vão gostar disso". Às vezes, você embarca na história. De outras, deixa até mesmo o seu prazer de lado para pensar em como vai apresentar sua opinião aos leitores do seu blog. Aí você, incauto blogueiro, termina a leitura. Pega seu livro, seu caderninho de anotações, seu arquivo com notas, o que seja; e vai para a frente do computador. Passa umas boas duas horas pensando em como irá traduzir em palavras o que sentiu durante a leitura. Se não usa a sinopse oficial do livro, gasta mais duas horas escrevendo uma sinopse personalizada, tomando aquele cuidado especial para não colocar nenhum spoiler.

Então vem a fase de revisão. Você lê, relê. Muda frases de lugar, ajusta conceitos. Reformula ideias. Talvez apague tudo e recomece. Afinal, você é um blogueiro responsável. Quer que seu texto saia o melhor possível, que os leitores puxem lencinhos e se emocionem com você, ou que leiam e riam porque você também riu lendo aquele livro. E você procura imagens. Capas de várias edições pelo mundo. Imagens em gif que traduzam seu surto ao ler aquela história. Trilhas sonoras que acompanharam sua leitura. Imagens que ilustrem o quanto você foi afetado pelo que o autor te contou naquelas páginas.

Quem sabe você não seja tão perfeccionista e só escreva seu texto, tomando o cuidado de ver se não tem nenhum errinho. Tudo bem. Deu trabalho do mesmo jeito escrever as coisas da melhor maneira que você sabia. Tudo isso te custou tempo. Aquele espaço entre seus dois empregos. Suas horas de folga que podiam ser empregadas em outras formas de lazer. Minutos e mais minutos madrugada adentro, em que você poderia estar dormindo. O drama pode parecer exagerado, mas muitos blogueiros deixam o lazer e o sono de lado pra manter o blog! Mas você ama ler. E ama seu blog. Ama escrever e ama o que faz  e é por isso que você está ali, persistente. Criando seu próprio conteúdo. ...Tudo isso para vir um babaca chupinhador e roubar seu trabalho suado de horas em alguns poucos segundos, postando aquilo que você deu o sangue pra criar como se fosse dele. SEM CRÉDITOS. Enganando a todos: aos leitores, que nem sempre sabem do que o kibador é capaz; às editoras e autores que inadvertidamente fecham parcerias com tais blogs... e a ele(a) mesmo(a), que anda por aí achando que ninguém percebe a grande e robusta mentira que é.



PLÁGIO É CRIME. É ANTIÉTICO. RESPEITE O TRABALHO DE QUEM CRIOU O CONTEÚDO. QUER MANTER UM BLOG? ESCREVA VOCÊ MESMO! (Ou fique na sua, que é melhor pra todo mundo. E mais respeitoso também.)

Esse post é parte de uma postagem coletiva contra o plágio na blogosfera. Acesse o site "Blogosfera Anti-Plágio", saiba mais sobre o assunto e veja quem mais apoia essa causa.

10 de março de 2012

'Dança dos Sonhos - Nora Roberts'








Dança dos Sonhos
(Reflections and Dreams)
Nora Roberts







Quem já leu algum livro da Nora Roberts sabe, eles são viciantes. Esse trás duas histórias distintas, mas interligadas. Na primeira, conhecemos Lindsay Dunne, uma bailarina clássica com a carreira deslanchando quando um acidente com seus pais muda o rumo de sua vida. Seu pai faleceu e sua mãe ficou com sequelas e necessitando de cuidados, o que fez com que Lindsay largasse a promissora carreira em Nova York e voltasse para casa para cuidar dela. Três anos após o acidente Lindsay está bem, abriu uma escola de balé onde dá aulas e sua mãe está com a saúde melhor, ainda que não completamente curada. Ela aproveitava a calma de sua vida até conhecer o sedutor Seth Bannion, de uma forma incomum, depois de ele quase a atropelar e ainda ser acusada por ele de ter se jogado na frente do carro. E ele ainda foi capaz de chamá-la de desajeitada – ofensa máxima para uma bailarina. Ela acredita que nunca mais irá encontrá-lo, mas claro que não é o que acontece. Mas Lindsay também não esperava que ele fosse o tio e o responsável por aquela que viria a ser a mais promissora de suas alunas, e que ainda teria que brigar muito com ele por causa da carreira da menina, e também para controlar seus próprios sentimentos.

A segunda história tem como protagonista Ruth Bannion, sobrinha de Seth e se passa 5 anos depois da primeira. Ruth está consolidando sua carreira no balé, buscando ser a principal bailarina da companhia. Sua vida nos últimos anos está totalmente voltada para o balé, não lhe sobrando muito tempo para vida social ou relacionamentos que não superficiais – assim como a vida do seu parceiro de dança, o russo Nikolai Davidov. Nick é praticamente uma lenda viva do balé, e Ruth o idolatrava quando menina. Agora adulta e como sua parceira, ela sofre com o perfeccionismo dele, suas altas exigências e seu jeito autoritário, temperamental e arrogante. Além, é claro, da forte atração que começa a sentir por ele, mas sem qualquer esperança já que Nick sempre foi muito volúvel em seus relacionamentos. Nick, por sua vez, tenta bravamente controlar a atração que sente por Ruth, afinal, além de ela ser bem mais nova que ele e sua parceira de dança, ele tem que conciliar a função de diretor artístico da companhia de balé com a de coreógrafo e bailarino, e não tem tempo para complicações na vida, e um envolvimento com Ruth certamente lhe traria complicações.

Graças ao Goodreads eu descobri que os protagonistas da segunda história, Ruth e Davidov, fazem uma aparição em outro livro da Nora, o A Dança da Sedução, que faz parte da série da família Stanislavisk, que eu adoro e inclusive já resenhei aqui no blog. Li o A Dança da Sedução antes, mas nem me lembrava do nome do diretor da companhia de balé naquela história – coisa que o ego do Davidov não vai me perdoar nunca!

Para quem procura por uma leitura leve, sem muitas atribulações, esse livro é uma boa escolha. São duas histórias distintas mas por trazerem os mesmos personagens sentimos quase como se fosse uma história só – apesar de eu ter gostado mais do desenvolvimento da segunda.

Esse livro foi lançado no Brasil em 2008, nos EUA em 2001, mas na verdade é uma republicação de duas histórias publicadas originalmente em 1983. Por isso, apesar de se tratar de um romance contemporâneo, é um contemporâneo do início dos anos 80, e podemos perceber isso não só pela falta de celulares mas pela postura dos personagens, e é bom ter isso em mente durante a leitura antes de ficarmos com raiva da protagonista por algumas de suas atitudes. Não é dos melhores livros da Nora, que aqui ainda estava no início de sua carreira, mas é uma leitura gostosa e despretensiosa. Um daqueles livros que já sabemos como vai terminar, mas mesmo assim é bom descobrirmos o que acontece até lá. E olha, depois que eu terminei de ler a trilogia Jogos Vorazes, eu estava precisando de uma leitura calma e previsível, rs. Não sei vocês, mas tem horas que tudo o que eu quero é um romancinho água com açúcar para me distrair, e esse cumpre bem esse papel!, rs.


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6 de março de 2012

'A Esperança - Suzanne Collins'








A Esperança
(Mockingjay)
Suzanne Collins








A Esperança é o livro que encerra a série Jogos Vorazes. Chegando até aqui conhecemos Panem e o modo como uma Capital controla seus Distritos pelo medo, pela violência e pela fome; participamos de mais Jogos Vorazes do que gostaríamos; assistimos à crueldade, violência e impiedade; perdemos personagens queridos que, cada um a sua forma, lutavam pelo que acreditavam; conhecemos os rebeldes, como eles tomaram coragem para enfrentar a opressão da Capital e como Katniss, mesmo involuntariamente, se envolveu em tudo isso. Katniss, a garota em chamas, que teve que amadurecer cedo ao se tornar responsável pelo sustento da família e se viu jogada em uma arena para lutar por sua vida; conhecemos Peeta, o garoto do pão, que mostrou coragem, carisma, compaixão, amor; conhecemos a força e determinação do Gale, as fantásticas criações do Cinna e percebemos que Finnick é muito mais que só um rostinho bonito.

Sobre o que gira a trama desse último livro? Em uma palavra: guerra.

Foi uma leitura sofrida, mais lenta que a dos demais livros. Há tanta dor e sofrimento que foi impossível pra mim não sofrer junto. Na verdade eu queria o Peeta dormindo comigo para me impedir de ter pesadelos... Sabe quando terminamos uma leitura nos sentindo completamente esgotados? Emocionalmente esgotados? Então. E não, eu não vou conseguir traduzir em palavras todos os sentimentos que esse livro, que essa série, me trouxe. A angústia, o sofrimento, o medo, a aflição, as lágrimas, o aperto contínuo no peito. Tensão define esse livro. Por várias vezes tive que parar, tomar um ar, fazer outras coisas para então continuar a leitura. É impossível deixar de lado a carga de crítica social que nos é apresentada e não refletir sobre tudo. Impossível ficar indiferente.

Quem leu minha resenha do primeiro livro viu que eu deixei um conselho sobre não se apegar aos personagens. Eu reforço esse conselho aqui, e ele vale para todos os livros da série. Sofri por alguns personagens no decorrer da série, mas as perdas deste livro são as piores. O que eu passei no primeiro livro não tem nem comparação com o que eu passei nesse, uma das perdas que enfrentamos, em especial, me desmontou a ponto de eu não poder nem ver o nome do personagem sem ficar abalada. Em um outro momento, eu me peguei chorando ao descobrir um personagem que, no final das contas, ainda estava vivo, rs.

Se o livro é bom? Depois desses sentimentos todos, não há como não ser.

Vi muita gente decepcionada com o final da série, mas eu até que fiquei satisfeita. Achei plausível o final do Gale, Peeta e Katniss. Os acontecimentos do livro são brutais e todos levarão as marcas para sempre. Também fiquei satisfeita com o desfecho da história de Panem (apesar de que eu pouparia a vida de alguns personagens). Mas que eu queria um desenvolvimento um pouquinho maior no final, eu queria. Suspirei com o diálogo antes do epílogo, mas queria uma maior descrição de tudo o que levou àquele momento. Bem, paciência, mas nem por isso deixei de achar o livro ótimo. Só que o “A Esperança” do título em português ainda não me desceu. Alguém me conta onde está a tal da esperança?

Agora eu preciso urgentemente de um romance dos mais bobinhos para aliviar a tensão que eu passei com essa série!!! Socorro!! rs





Jogos Vorazes #1 – Jogos Vorazes (The Hunger Games)
Jogos Vorazes #2 – Em Chamas (Catching Fire)
Jogos Vorazes #3 – A Esperança (Mockingjay)



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27 de fevereiro de 2012

Desafio Realmente Desafiante (Fevereiro): ‘Círculo Secreto: A Iniciação – L.J. Smith’









Círculo Secreto: A Iniciação
(The Secret Circle: The Initiation)
L.J. Smith









Depois de passar fevereiro quase todo longe do blog, sem tempo sequer de respirar direito, consegui cumprir o desafio desse mês! Durante esse tempo em que eu fui abduzida por outras obrigações li muito pouco, mas ainda bem que o livro que escolhi não era tão grande, rs. Bom, a personagem escolhida, cuja inicial do nome é a mesma do meu é a protagonista Cassie Blake. Cassie morava com sua mãe na Califórnia e passava férias de verão com ela em uma cidade litorânea. Lá ela conheceu um cara misterioso, bonito, com cabelos ruivos, olhos azuis e que parecia ser capaz de ler seus pensamentos... Apesar de ter ficado muito mexida, de ter sentido uma espécie de ligação com ele, sabia que nunca mais o veria. Ela sequer sabia seu nome, mas isso não a impedia de pensar nele o tempo todo. Depois disso sua mãe ainda lhe informa que elas irão se mudar para a casa de sua avó – quem Cassie nunca conheceu. Agora ela tem que se adaptar a uma nova cidade, uma nova casa, uma nova escola, uma nova vida. No começo ela é isolada e ignorada por todos, mas não demora a ficar fascinada por um grupo de pessoas da escola, tão diferentes entre si mas que estranhamente pareciam ter algo importante em comum. Mal sabia Cassie que logo também teria algo em comum com eles além da rua em que moravam...

Eu insistir em ler os livros da L.J. Smith demonstra uma característica marcante da minha personalidade: a teimosia. Sério, só sendo muito teimosa pra continuar lendo os livros dela já sabendo como vai ser, já sabendo que até a metade a trama será arrastada, do meio para o fim começa a ficar interessante e quando está realmente ficando bom, acaba. O que, claro, nos deixa com vontade de ler o livro seguinte. Foi assim com os livros da série Diários do Vampiro e pelo visto vai ser assim com esta série. O pior? Eu não resisto e minha curiosidade sempre fala mais alto, então, continuo lendo, rs.

A Iniciação é o primeiro livro da série Círculo Secreto e nele somos introduzidos ao universo das bruxas, suas origens, relações com cristais e elementos da natureza. Durante séculos esse conhecimento foi passado de geração em geração até chegar ao grupo de adolescentes com quem a protagonista se depara. Entre um chá de ervas aqui outro ali, cristais que tiram manchas de roupa e papéis que pegam fogo sozinho, alguns acontecimentos e descobertas tornarão tudo muito mais sério do que qualquer um deles esperava.

Essa série de livros serviu de inspiração para uma série de TV de mesmo nome que estreou essa temporada. Como já assisti aos episódios antes de ler, foi impossível não comparar o livro com a série de TV, mas uma não tem nada a ver com a outra. Na TV, por exemplo, o Círculo é formado apenas por 6 membros e não pelo tanto que é no livro, os personagens principais estão presentes, mas suas características não são bem as mesmas – começando pelo Adam que na TV usa lápis no olho, o que pra mim faz perder toda a credibilidade como ‘Mocinho-Mor’ da trama – além dos personagens que estão mortos no livro e vivos na série e vice-versa.

Me atendo ao livro, achei a Cassie um tanto bobinha, perdida demais com o que acontece ao seu redor, sua obcessão pela Diana - a líder do Círculo - é exagerada demais, mas ainda assim ela não conseguiu tirar o posto de protagonista mais irritante ever da Elena de Diários do Vampiro. A Cassie pode até ser bobinha, mas pelo menos não é egoísta, egocêntrica e mimada. Se fosse Elena passando pelas mesmas situações que a Cassie tenho certeza que não pensaria um minuto nos sentimentos dos outros... *Just Saying*

Círculo Secreto é mais uma das trilogias que a dona Lisa escreveu no início dos anos 90 e que agora está fazendo sucesso e ganhará sequências escritas anos depois. Mas nem podemos acusar a autora de estender a série propositalmente. As duas continuações – que estão previstas a serem lançadas ainda esse ano lá fora – não foram escritas pela autora, e eu fiquei morrendo de pena ao ler a explicação dela sobre ser proibida de escrever outros livros de suas duas séries mais famosas, Diários do Vampiro e Círculo Secreto. Ah, esses contratos mal assinados...

Enfim, esse primeiro livro é bem introdutório. Introdutório até demais, já que acontece muito pouca ação no decorrer da história, mas, a forma como o enredo foi se formando promete ficar interessante nos livros seguintes. Conclusão, eu acabei gostando, já estou curiosa pelos próximos, mas ainda irritada com a forma como a autora sempre começa enrolando e depois termina os livros quando a história começa a ficar boa!


Círculo Secreto vol. 1: A Iniciação (The Initiation)
Círculo Secreto vol. 2: A Prisioneira (The Captive)
lançamento no Brasil previsto para maio 2012
The Secret Circle vol. 3: The Power (Ainda não lançado no Brasil)

The Secret Circle vol. 4: The Divide (não publicado, previsto para 2012)
The Secret Circle vol. 5: The Hunt (não publicado, previsto para 2012)





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30 de janeiro de 2012

Desafio Realmente Desafiante (Janeiro): ‘Três Metros Acima do Céu – Federico Moccia’








Três Metros Acima do Céu
(Tre Metri Sopra il Cielo)
Federico Moccia








Se há um autor que sempre me foi muito bem recomendado esse autor é o italiano Federico Moccia. Então, usando o desafio como desculpa, resolvi finalmente dar uma chance a ele. Dentre seus livros já publicados no Brasil tinha algumas opções, mas, como eu sou um tanto neurótica, gosto de começar pelo primeiro livro lançado pelos autores, então fui atrás do Três Metros Acima do Céu, que é seu romance de estreia, e conta a história de Step e Babi.

O que você faria se enquanto seu pai estivesse te levando para a escola um cara parasse de moto ao lado do carro no sinal vermelho e com um sorriso dissesse ser a solução para os seus problemas? Babi o dispensa dizendo não ter problema algum e está certa de que nunca mais vai se encontrar com aquele sujeito metido. Só que ela está completamente enganada.

Babi é a típica patricinha, certinha, boa aluna, superprotegida pelos pais. Step o típico bad boy, com sua jaqueta de couro, óculos escuros, colarinho levantado, cigarro na boca e sua moto envenenada. Qualquer um diria que eles não têm nada em comum. E não têm mesmo. Mas isso não os impede de se encantar um com o outro e se apaixonarem intensamente.


"O sol continua a subir no céu, é uma linda manhã. Ela está indo para o colégio, ele ainda não foi dormir depois da noitada de ontem. Um dia normal, como qualquer outro. Mas o sinal faz com que fiquem emparelhados. E aí o dia deixa de ser como os demais."



Entre insuportáveis aulas de latim, pegas de moto, amigos de toda a vida, fugas no meio da noite, pichações, penetras em festas, brigas, narizes quebrados, perseguições pela polícia, olhos vendados, pequenos furtos, beijos demorados, risadas e lágrimas, acompanhamos como tudo muda na vida de Step e Babi a partir do momento em que se conhecem.

Eu gostei bastante desse livro. Como é comum quando começamos a ler um autor novo, estranhei um pouco o começo da leitura, fiquei um pouco confusa com a constante troca de ponto de vista da narrativa em terceira pessoa, mas uma vez que me acostumei com o estilo do autor, me empolguei mais e mais. Na garupa da moto do Step, em suas desvairadas corridas, conhecemos um pouco das ruas de Roma e dos pontos de encontro de sua turma. Na maioria dos livros que leio a história se passa nos EUA, na Inglaterra ou na Irlanda, então foi extremamente prazeroso dar essa voltinha pela Itália.

Tenho uma queda pelos bad boys da literatura, mas o Step não tem só o jeito charmoso de garoto mau. Ele começa o livro até marginal demais pro meu gosto. Claro que, com o passar da leitura descobrimos o porquê de ele agir dessa forma, da violência de seus atos, mas até entendê-lo, as atitudes dele me incomodaram um pouco. Mas não pensem que por causa disso eu não gostei dele. Pelo contrário, ele se redime lindamente e acabou me conquistando! Step é abusado. Step é violento e impulsivo, não pensa antes de agir. A gente até pode ter raiva ou se irritar com ele no começo da leitura (como eu fiz), mas é impossível não terminar o livro completamente apaixonadas por esse complexo personagem...

Já da Babi eu desenvolvi uma certa birra, mas não posso explicar o motivo sem soltar alguns spoilers. Outros a que me apeguei mesmo sem querer foram os amigos "marginais" do Step, principalmente seu melhor amigo folgado Pollo, e a irmã deslumbrada da Babi, Daniela.

Só sei que terminei o livro com o coração um tanto apertado. A história do Step tem uma continuação, o já publicado no Brasil “Sou Louco por Você”. Assim que terminei de ler o “Três Metros” tive vontade de ir imediatamente à uma livraria para comprar a sequência e só não fiz isso porque estava no meio da madrugada...

Como outros de seus livros, Três Metros Acima do Céu ganhou uma versão cinematográfica, com roteiro do próprio autor e eu já estou alucinada atrás desse filme!

A conclusão é que este foi o primeiro livro do Moccia que li mas que com certeza não será o último!



Três Metros Acima do Céu (Tre Metri Sopra il Cielo)
Sou Louco por Você (Ho Voglia di Te)




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25 de janeiro de 2012

'Em Chamas - Suzanne Collins'







Em Chamas
(Catching Fire)
Suzanne Collins





A Capital não ficou nada feliz com a atitude de Katniss durante os Jogos Vorazes, e isso não vai sair barato, afinal, mesmo inconscientemente, ela despertou nos Distritos um sentimento que a Capital quer, acima de tudo, abafar. Ela terá que lidar com as consequências dos seus atos, com suas cicatrizes emocionais – já que as físicas foram removidas pela Capital – e com as pessoas que ela acabou magoando, mesmo sem intenção. Ainda, ela descobre que o pesadelo que ela imaginou que tivesse acabado está só começando...

Em Chamas é o segundo livro da trilogia Jogos Vorazes, da americana Suzanne Collins, e nessa distopia encontramos uma Capital que controla com mão de ferro uma nação e seus 12 Distritos, e, para lembrá-los desse controle promove anualmente uma espécie de reality show em que cada Distrito entrega dois tributos, um garoto e uma garota entre 12 e 18 anos, que serão colocados em uma gigantesca Arena a céu aberto onde devem lutar uns com os outros até a morte. Esse jogo sádico é um evento anual e obrigatório e todos os Distritos devem participar, assistir, e tratar como uma festividade enquanto testemunham a morte de seus jovens.

Esse segundo volume trata das repercussões de tudo o que aconteceu no primeiro livro e de como uma simples decisão, ou uma pequena atitude, pode influenciar uma população que estava apenas à espera de uma fagulha de esperança para agir. Sofri com a Katniss, seus conflitos internos e sua dedicação àqueles que ela ama. Sofri horrores com o Peeta, e fiquei completamente apaixonada por ele, não tem mais volta! Se em Jogos Vorazes eu cheguei a duvidar dele, aqui ele ganha meu amor incondicional. Nesse livro Gale, o melhor amigo de Katniss, seu companheiro inseparável de caça até ela ir para os Jogos Vorazes, tem um papel mais ativo, e eu até começo a entender aquelas que se apaixonaram por ele. Mas meu coração ainda é do Peeta.

É um livro tenso. E intenso!
Acontece tanta coisa que eu juro que em alguns momentos eu até esquecia de respirar. Traz mais ação que o anterior, e é impossível não nos sentirmos como habitantes de Panem e com ódio da Capital, suas atrocidades e de seu maior representante. Novos personagens são introduzidos, tão complexos e bem desenvolvidos quanto os já conhecidos. De alguns gostamos de cara. De outros, acompanhando os sentimentos da Katniss – até porque, com a narrativa em primeira pessoa, são as impressões dela que a gente conhece – começamos com o pé atrás, sem saber se podemos ou não confiar. Mas também há casos de ódio à primeira vista!

Lógico que eu fiquei madrugada adentro lendo até acabar. Lógico que depois eu não consegui dormir de tão tensa que eu fiquei. E confesso que estou com medo do que vou encontrar no último livro da série. Recomendado? Extremamente!





Jogos Vorazes #1 – Jogos Vorazes (The Hunger Games)
Jogos Vorazes #2 – Em Chamas (Catching Fire)
Jogos Vorazes #3 – A Esperança (Mockingjay)



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20 de janeiro de 2012

Primeiras Linhas # 10: Julgamento Mortal - J.D. Robb

*Essa é uma coluna quinzenal em que eu trago as primeiras linhas, as primeiras frases de um livro qualquer.*


Eu já contei isso aqui mais de uma vez, mas vou contar de novo: a Série Mortal - escrita pela Nora Roberts sob o pseudônimo J.D. Robb - é uma das minhas séries literárias preferidas. É tão boa que mesmo com mais de 30 livros publicados, 17 deles no Brasil, eu não me canso dela. Tudo bem que eu ainda nem li todos os lançados no Brasil, mas mesmo assim, acho difícil que um dia vá me cansar da Eve e do Roarke!

As Primeiras Linhas que escolhi dentre os muitos livros da série são as do Julgamento Mortal, o 11° livro. Para quem não conhece, dá para ter um gostinho do que esperar dessa série.


Ela estava em pé junto do bar da boate Purgatório e analisava a morte. O sangue em grandes poças, a ferocidade do seu júbilo. A morte chegara ali como a pirraça de uma criança, cheia de calor, paixão e descuidada brutalidade.
Assassinato quase nunca era assunto limpo. Não importa se ardilosamente calculado ou
selvagem e impulsivo, ele costumava deixar uma sujeira imensa para outros limparem.
O trabalho dela era avançar por entre os destroços do crime, recolher os pedaços e descobrir onde eles se encaixavam, a fim de remontar a imagem da vida que tinha sido roubada e, por meio dessa imagem, chegar ao rosto do assassino.
Naquele momento, as primeiras horas em um dia da hesitante primavera de 2059, suas botas esmagavam um mar de vidro quebrado. Os olhos dela, castanhos e objetivos, analisavam toda a cena: vidros estilhaçados, garrafas quebradas, pedaços de madeira lascada. As paredes foram atingidas, as cabines para privacidade dos sócios tinham sido destruídas ou depredadas. O couro caríssimo e o tecido nobre que revestiam os bancos altos do bar, bem como os sofisticados grupos estofados, tinham sido rasgados até se transformarem em trapos coloridos.
O que antes fora um sofisticado clube de striptease virara uma pilha indistinta de lixo caro.
O que antes fora um homem estava caído atrás do balcão em curva. Agora era uma vítima empapada no próprio sangue.
A tenente Eve Dallas se agachou ao lado do cadáver. Ela era policial e a partir
daquele instante a vítima lhe pertencia
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13 de janeiro de 2012

'Como Treinar o Seu Dragão - Cressida Cowell'






Como Treinar o Seu Dragão
(How to Train Your Dragon)
Soluço Spantosicus Strondus III

Traduzido do Antigo Norueguês por Cressida Cowell








Soluço Spantosicus Strondus III foi um grande Herói Viking. Mas, quando criança, era apenas um menino magrinho, sardento, de cabelo ruivo espetado que, apesar de ser filho e herdeiro de Stoico, o Imenso, Chefe da Tribo dos Hooligans Cabeludos, não era respeitado por ninguém. Nunca imaginaria um dia se tornar herói. Aos 10 anos e meio de idade, Soluço – e os demais garotos da Tribo – deveriam passar por uma Iniciação cuja primeira etapa consistia em capturar um dragão, depois treiná-lo. A capacidade dos garotos como "treinadores de dragões" seria testada nas festividades do Dia de Thor. Como o objetivo era manter apenas os mais fortes, a consequência para aqueles que falhassem era o exílio. Simples assim, sem qualquer pressão, rs.

Soluço já conhecia um pouco sobre dragões só de observá-los (escondido, claro), e tem um segredo: ele fala dragonês e consegue se comunicar com os dragões na língua deles. É um segredo pois o idioma é proibido, por ordem de Stoico, que considera os dragões criaturas inferiores, e só devemos falar com eles gritando, senão eles ficam muito convencidos.

No dia da captura, a maioria dos garotos especulava sobre que tipo de dragão queria: se o Gronkel, se o temido Pesadelo Monstruoso... Soluço só queria sair da caverna onde os filhotes de dragão hibernavam o mais rápido possível. É óbvio que nada sai como planejado e, tentando fugir da caverna, Soluço acaba pegando o primeiro dragão que surge na sua frente. E é o mais comum dos Dragões Comuns que ele já viu. A única coisa de excepcional nele é que ele é pequeno. Bem pequeno. E não tem nenhum dente, o que é mais um motivo para fazer de Soluço motivo de piada, além de proporcionar ao dragão um nome. Banguela. Além de ser extraordinariamente pequeno e não ter dentes, Banguela é o mais malcriado dos dragões. Não obedece quando Soluço grita com ele – a regra de ouro no treinamento de dragões – não obedece quando Soluço tenta conversar, o mima ou é educado com ele. Banguela não obedece. E ponto. Com um dragão que não obedece a seus comandos, sabe-se lá como Soluço passará pelo teste no Dia de Thor...

Numa leitura rápida e leve, Cressida Cowell nos leva para uma Tribo de Vikings, mas não são os grandes e temidos guerreiros quem acompanhamos no decorrer do livro, mas um grupo de vikings em formação, principalmente Soluço, Perna-de-peixe, Bafoca de Maluquício, Espinha-de-Porco, seu já inimigo Melequento, além de seus respectivos dragões. Adorei todas as ilustrações que permeiam o livro e me fazem acreditar tratar-se realmente das memórias perdidas do Soluço garoto e que a Cressida apenas as traduziu do Norueguês Antigo. Através das memórias de Soluço aprendemos que dragões são egoístas, desalmados, ingratos, cruéis e impiedosos. Mas quem sabe se tratá-los bem, contar piadas (eles adoram piadas!) e não gritar...

O melhor é o livro "original" "Como treinar o seu dragão", escrito pelo Professor Tosco Traste, e a regra de ouro do treinamento de um dragão. E esse livro tem tudo, dedicatória, copyright, foto e informações sobre o autor, elogios à obra na contracapa... rss

Como Treinar o Seu Dragão é o primeiro livro da série infanto-juvenil de mesmo nome da autora inglesa Cressida Cowell, que tem atualmente 9 livros, 7 deles já publicados no Brasil. Gostei muito da história – como sabia que gostaria – e já estou empolgada para ler os próximos livros e conhecer mais das aventuras do Soluço.

Como a capa já diz, o livro inspirou um filme de animação, que tem o mesmo nome. Mas ó, o filme é livremente inspirado, bem livremente mesmo, porque as histórias são totalmente diferentes. Mas gostei do filme também, é bem bonitinho!

E não esqueça: o Jantar ainda canta.




CTSD #1: Como Treinar o Seu Dragão (How to Train Your Dragon)
CTSD #2: Como Ser um Pirata (How to Be a Pirate)
CTSD #3: Como Falar Dragonês (How to Speak Dragonese)
CTSD #4: Como Quebrar a Maldição de um Dragão (How to Cheat a Dragon’s Curse)
CTSD #5: Como Mudar uma Historia de Dragão (How To Twist a Dragon’s Tale)
CTSD #6: Guia do Herói para Vencer Dragões Mortais (A Hero’s Guide to Deadly Dragons)
CTSD #7: Como Navegar em uma Tempestade de Dragão (How to Ride a Dragon’s Storm)
CTSD #8: (How to Break a Dragon’s Heart)
ainda não publicado no Brasil
CTSD #9: (How to Steal a Dragon’s Sword) ainda não publicado no Brasil



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10 de janeiro de 2012

'Jogos Vorazes - Suzanne Collins'







Jogos Vorazes
(The Hunger Games)
Suzanne Collins








Nos destroços do que uma vez foi a América do Norte surgiu Panem, uma nação formada por uma Capital e 13 Distritos que sobreviveram a desastres naturais e à guerra. Contudo, tais Distritos se rebelaram contra a Capital e 12 deles foram derrotados enquanto o 13° foi totalmente destruído. Como punição – e para demonstrar seu controle sobre os Distritos, lembrando-os constantemente que eles nunca conseguiriam sair vencedores em uma rebelião contra a Capital – foram instituídos os Jogos Vorazes, uma espécie de reality show em que cada Distrito entrega dois tributos, um garoto e uma garota entre 12 e 18 anos, que serão colocados em uma gigantesca Arena a céu aberto onde devem lutar uns com os outros até a morte. Disfarçada de entretenimento, essa tática de intimidação do governo é um evento anual e obrigatório, todos os Distritos devem participar, assistir, e tratar como se fosse uma festividade o que na verdade é um jogo sádico que só termina quando há apenas um sobrevivente.

Katniss Everdeen tem 16 anos e mora no Distrito 12, um dos mais miseráveis, com sua mãe e sua irmã Prim. Seu pai morreu há alguns anos em uma explosão na mina de Carvão, a principal atividade do Distrito, e desde então Katniss é a responsável pelo sustento de sua família. Apesar de ser estritamente proibido, ela constantemente ultrapassa a cerca que limita o Distrito e vai para a floresta caçar, como seu pai lhe ensinou. Lá ela conhece Gale, outro garoto que perdeu o pai na explosão na mina e ficou responsável pelo sustento da família. E ele vira seu melhor amigo no mundo.

Chegado o dia do sorteio dos tributos de cada Distrito para os Jogos Vorazes, a garota sorteada é Prim. Katniss não suporta a ideia de sua irmã de apenas 12 anos tomar parte de tamanha violência e se voluntaria a ir em seu lugar. O garoto sorteado como tributo é Peeta, o filho do padeiro, o que perturba Katniss pois, apesar de ele não ser exatamente seu amigo, ela é grata a ele por algo muito importante. Agora, além de tudo, ela se sente em dívida com alguém que será seu adversário nesse jogo de vida ou morte.

As pessoas elogiavam, as pessoas recomendavam, as pessoas insistiam que eu lesse. Agora que eu (finalmente) terminei o primeiro livro vou fazer o que? Elogiar. Recomendar. Insistir que quem ainda não leu, leia! É tudo isso mesmo que as pessoas falam. Eu tinha muita vontade de ler essa série, mas sempre acabava deixando pra depois. Até que eu decidi que ia esperar todos os livros serem lançados. O lado bom? Nada da aflição da espera!

Jogos Vorazes é o primeiro livro da trilogia de mesmo nome da autora americana Suzanne Collins. Nessa distopia que trata de um futuro não determinado, temos um país em que a Capital controla os demais Distritos com regras rígidas e uma população totalmente subjugada pelo medo e pela fome. Enquanto os habitantes da Capital são pessoas alegres, coloridas, fúteis, os que habitam a maioria dos Distritos tem que lidar diariamente com a fome e condições precárias de sobrevivência. A começar pela protagonista, Katniss, que narra a história em primeira pessoa, temos personagens fortes, que lutam para sobreviver, mas ainda assim conseguem manter a humanidade e a compaixão. Quando chegamos à arena e aos Jogos propriamente ditos, é impossível não ficar segurando o fôlego a todo o tempo, esperando o que vai acontecer em seguida. O fascínio dos cidadãos da Capital pelos Jogos Vorazes é facilmente explicado trazendo à tona a política do Pão e Circo, lá do Império Romano - não que qualquer cidadão de Panem saiba disso.

Queria comentar do Peeta, o garoto do pão, mas, para evitar dar qualquer spoiler, só digo que ele já é um daqueles personagens que eu terminei o livro querendo botar no colo...

Sem entregar nada, se eu puder dar um único conselho pra quem ainda vai ler seria: não se apegue a nenhum personagem. Você vai sofrer. Ponto. Me deram esse conselho mas eu não consegui seguir, e eu sofri, e eu chorei. E já que estou na vibe de dar conselhos, aí vai mais um: leia antes da estreia do filme baseado nele, que está prevista para março desse ano. Eu já estou ansiosa!

E que a sorte esteja sempre a seu favor!




Jogos Vorazes #1 – Jogos Vorazes (The Hunger Games)
Jogos Vorazes #2 – Em Chamas (Catching Fire)
Jogos Vorazes #3 – A Esperança (Mockingjay)



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2 de janeiro de 2012

E 2011 caiu do galho, deu dois suspiros...




O ano de 2011 foi bem bagunçado pra mim. Pessoalmente, profissionalmente... Fiquei meio em crise com minha profissão, minha cachorrinha que já estava comigo há mais de 7 anos fugiu e, mesmo meses depois, não apareceu mas não posso falar nela que eu choro, trabalhei demais, mudei de casa no início do ano e fiquei ERAS sem internet, o que fez com que o blog passasse um bom tempo capengando, meio abandonado, mas também me permitiu ler muito! Entre lidos e relidos, e-books e tradicionais, de livraria e uma pancada dos de banca, fechei 140 livros lidos em 2011!

Com tantas leituras, descobri coisas muito boas esse ano. Porque existem aqueles livros que você gosta, aqueles que você gosta muito e aqueles pelos quais você se apaixona. Esse ano posso dizer que me apaixonei algumas vezes. Já contei algumas dessas paixões quando fiz o Top Piriguetagem Literária. E se 2010 foi o ano em que eu conheci o Patch *_*, 2011 foi o ano que eu conheci o Dimitri. E o Adrian. E o Poe. Em resumo foi o ano em que conheci e me apaixonei pelas séries Academia de Vampiro - Vampire Academy, da Richelle Mead e Sociedade Secreta, da Diana Peterfreund (que ainda preciso terminar de resenhar!). A primeira fui com altas expectativas já que os fãs dela não poupam elogios (todos merecidos), já a segunda fui sem expectativa alguma e me impressionei com o quanto gostei. Sem falar que lendo o primeiro livro da Sociedade Secreta eu nunca iria imaginar quem seria meu crush literário. E não é que ele acabou virando um dos melhores do ano?

Essas duas séries que eu escolhi destacar tem em comum, ainda, o fato de que as descobri tardiamente, com alguns dos livros já lançados, mas não todos, li os livros lançados seguidos, um atrás do outro, me descabelei um pouco e não resisti e li os livros restantes em inglês. E não me arrependi porque as séries são perfeitas! *Fica a Dica*

Agora 2012 começa e eu me pergunto o que descobrirei esse ano, por quais livros/séries/personagens me apaixonarei? Tenho alguns bons candidatos já me esperando na estante!

Boas leituras em 2012 para todos nós! ;D




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