A Mulher do Viajante no Tempo
(The Time Traveler’s Wife)
Audrey Niffenegger
Em mais um post da série ‘resenhas resgatadas e adaptadas para o blog’, hoje é o dia do ‘A Mulher do Viajante no Tempo’. Coincidentemente (ou não), é mais um livro que ganhou versão cinematográfica.
Foi uma leitura que fez com que eu me perguntasse: Será que é possível que continuemos chorando muito depois de terminar de ler um livro? Sim, é possível, e foi exatamente o que aconteceu comigo depois desse.
A história contada é a de Henry, que é um viajante no tempo e Clare, que é a mulher dele (Dãh!).
Henry possui uma disfunção genética que o faz viajar no tempo, involuntariamente. Esses ‘pulos no tempo’ são causados, em sua maioria, por acontecimentos estressantes e não podem ser controlados. Quando menos espera, ele simplesmente se vê nu em algum lugar, devendo encontrar roupas, alimento, e esperar até que, da mesma forma que parou ali, volte para casa. Sofrendo desse mal desde criança, tendo aprendido a lidar com essa solitária condição, ele nunca se permitiu ter uma aproximação maior com outras pessoas. Até que ele conhece Clare.
Quando se conhecem oficialmente (pela primeira vez para Henry) ele tem 28 anos e é bibliotecário; ela tem 20 e é estudante de arte. Ela já é apaixonada por ele. Ele imediatamente se encanta por ela.
Henry é atraído, através do tempo, por grandes eventos, como por exemplo, a morte da mãe, que ele vê e revê inúmeras vezes (sem nunca poder mudar o que aconteceu). Um desses ‘grandes eventos’ é justamente Clare, a quem ele faz diversas visitas. Ele conhece a Clare criança, e ela o tem como amigo, a adolescente, e ela o vê como a primeira paixão, e finalmente a conhece em seu presente, quando o amor dos dois os faz querer ficar juntos, e ter uma vida normal. Mas o quanto é normal um marido que, involuntariamente, desaparece por dias, não levando sequer uma peça de roupa? E não se sabe onde nem ‘quando’ ele está? É exatamente esse o dilema do casal: apesar de toda a dificuldade trazida pela situação inusitada, a tentativa de construir uma vida juntos, com amigos, carreiras, filhos, família...
A princípio a leitura pode assustar e ser até um pouco confusa, pois são intercalados dois pontos de vista diferentes e não se segue uma ordem cronológica determinada. Mas, percebemos que é isso o que torna esse livro tão único e especial. Não seria a mesma coisa se seguisse uma ordem, digamos, normal. A autora consegue deixar tudo muito bem explicado, pois a cada cena sabemos de quem é o ponto de vista, a data e qual a idade de cada um deles.
Durante a leitura, assim como nas viagens no tempo de Henry, as páginas seguintes são sempre imprevisíveis, não sabemos quem irá narrá-las, qual fato será contado, se será do passado, presente ou do futuro. E isso nos prende de tal forma que é impossível parar de ler.
A gente se apaixona pelo Henry, sente pena dele e vontade de colocar no colo. E a Clare, nos identificamos, sofremos com ela, e também queremos, inúmeras vezes, lhe dar colo. E imaginamos: como seria ser casada com um cara que a qualquer momento pode sumir, nem que seja para encontrar com você em outra época?
Juro que sou mais durona, mas sempre me derreto com histórias como essa, de amor puro e incondicional, que transpõe barreiras e se perpetua no tempo.
É o livro de estréia da americana Audrey Niffenegger, e eu espero ansiosamente os próximos, louca pra saber o que mais pode sair da imaginação brilhante dessa mulher. (PS: o segundo livro dela, 'Her Fearful Symmetry', foi lançado no ano passado e tem entre os personagens um fantasma... rss)
E do filme, que no Brasil ganhou o título 'Te Amarei para Sempre', eu também gostei muito, e olha que eu sou chata para adaptações de livros. Claro que o livro é bem mais detalhista, mas achei que eles acertaram, mostraram os pontos essenciais, retratando a emoção de cada personagem... já me emociono com o trailer, que tem uma das músicas que eu acho mais lindas: Broken, do Lifehouse.
Recomendo ambos.
Trailer
***
4 comentários:
Aii eu preciso desse livro!
Só vi o filme e, espero que a adaptação tenha sido boa! xD haha
E eu tambem amooo essa musica do Lifehouse! *-* tão linda. ^.~
Beijos cacá.
Gabi
Ei Caca,
Tbm amei este livro e chorei horrores. Claire tem uma força e uma fé cega que eu gostaria de ter em alguns momentos.
O filme acredita que eu nunca vi, tenho que ver ^^
bjoo
Eu só ví o filme mais como a maioria das vezes o livro é BEM MELHOR que o filme .. quero muito ler!
Adorei o seu Blog!
Ah, adorei, adorei e adorei de novo! *-*
Já tinha lido no a Bookaholic World, mas vim conferir pq vc disse que aqui estava mais completinho...
Estou com muito mais vontade de ler esse livro agora, comolidar? XD
Beijos,
Lis
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