Pobre Não Tem Sorte
Leila Rego
Produto 100% nacional, o livro de estréia da paranaense Leila Rego conta a história da Mariana, uma garota do interior que está prestes a se casar com o homem dos seus sonhos: bonito, divertido e, principalmente, rico, que irá lhe proporcionar a vida que ela sabe que merece, e por puro capricho do destino não tem. Ela terá o lindo apartamento no melhor bairro da cidade, o vestido de noiva perfeito, sairá na coluna social do jornal, e será invejada por suas amigas. Tudo está correndo perfeitamente até que, o que ela menos esperava, dá errado.
Antes de falar do livro em si, tenho algumas coisas que preciso confessar. Primeiro, tinha um preconceito bobo quanto a livros nacionais desse gênero, um preconceito que surgiu depois que li um livro que não gostei nem um pouco. Mas, como só ouvia coisas boas sobre o Pobre Não Tem Sorte, finalmente decidi arriscar. Outra confissão: a Leila começou a me ganhar pelo carinho com que ela trata as leitoras, pela dedicatória fofa que ela escreveu no meu livro (que comprei direto com ela), e pelas estrelinhas coladas no envelope! rsss
Mas o que me ganhou, definitivamente, foi a Mariana. Me diverti muito com ela! Melhor dizendo, a Mariana me fez passar muita vergonha nas filas e salas de espera da vida, quando não conseguia segurar minhas risadas.
Na ‘vida real’ não tenho paciência para pessoas extremamente fúteis. Gente assim me irrita. Mas a Mariana me divertiu. E muito. Dei muita risada com tanta futilidade, valores deturpados, planos mirabolantes e suas prioridades confusas. E as formas carinhosas pelas quais ela chamava a futura sogra? As melhores.
A Mariana vive em um mundo só dela, que ela criou, idealizou e queria tornar realidade. Nesse mundo ela se veste com as melhores grifes, tem os mais caros sapatos, faz parte da alta sociedade de Prudente, mora no melhor bairro da cidade, frequenta os lugares mais badalados, suas amigas são as mais elegantes e seu noivo o mais charmoso. Sim, nessa ordem de importância.
Adorei todas as referências às coisas, pessoas, lugares e gírias que todos conhecemos. Assim, ao mesmo tempo em que ela vive nesse mundinho só dela, a Mariana, com seus sentimentos confusos, e os demais personagens, são tão reais que sentimos que podemos encontrar com ela, com a Clara, a Cidinha ou com a Dra. Thelma em qualquer esquina. E quem não tem uma tia, ou uma conhecida, meio intrometida e com vários catálogos de produtos pra vender? Terminei o livro com a certeza que posso trombar a qualquer momento com a tia Albertina pela Vinte e Cinco de Março!!!
Vocês vão me matar se eu disser que não gostei muito do Edu? Esperava mais dele. Tá, ele subiu (e muito) no meu conceito no final, ele quase me ganhou, mas não sei, ainda faltou alguma coisa pra eu me encantar por ele. Talvez eu precise conhecê-lo melhor, mas ele certamente tem potencial!!!
Enfim, perdi meu trauma e parei com a bobeira de achar que chick lits brasileiros não poderiam ser tão bons quanto os gringos. Estou definitivamente me juntando ao coro dos que dizem que Pobre Não Tem Sorte não deixa nada a desejar aos seus companheiros de gênero escritos pelas inglesas, americanas e irlandesas.
Quero mais da Mariana. Estou curiosíssima pra saber o que ela ainda pode aprontar. Tanto que a única coisa que consegui pensar quando acabei de ler foi: Leila, quando sai a continuação?
***
9 comentários:
Adorei saber que:
- gostou do livro;
- se divertiu com Mariana;
- quebrou o preconceito com os chick lits nacionais. =)
Obrigada pela resenha e divulgação do meu trabalho.
Super beijo,
-Leila
Obrigada a vc Leila, pela atenção, e que bom que gostou!! =D
Cada resenha que leio desse livro só o quero mais e mais #comolidar
*---*
beijos, isa.
Esse livro é perfeito.
Mal posso esperar pela continuação.
Cacá, pode ler mais nacionais.
Os livros estão ótimos mesmo!
Beijos
Isadora,
LEIA! Sério, é o único jeito... e vale a pena! rss
Bianca,
Nunca tive problema com literatura nacional em geral, era só com chick lit q eu tinha um pé atras... Mas já passou!!! Me animei pra ler mais!! rss
Adorei o livro, também!
UAHSUAHSUAHS
No meu caso, eu não gostava da Mariana... achava fútil demaiis! Mas eu gostava do Edu. *-*
Depois, quando ela cresce, aí sim ela criou moral comigo. =D
Adorei seu blog!
Seguindo. =)
Beijos,
Nayá.
Oie Nayá, a Mariana é fútil, mas é divertida!! rss
Seja bem-vinda e volte mais vezes!
Oi Cacá!
Ainda bem que resolveu ler! Esse livro é imperdível, pena que muita gente ainda tem o maior preconceito! A Leila é uma excelente autora e tô doida por uma continuação!! rs...
beijos
Camila
Pois é, o livro é ótimo, melhor q muita coisa por aí. Tb não vejo a hora que saia a continuação!!
Postar um comentário