A incansável tenente Eve Dallas, detetive da Homicídios, tem mais um caso para solucionar, mais um assassino à solta a capturar. Dessa vez, o culpado a procura diretamente e dá pistas de seus próximos passos, desafiando-a a ser mais rápida que ele e impedir seus avanços. Enquanto Eve não consegue localizar o sádico e cruel assassino, pessoas são mortas, todas conterrâneas de seu amado Roarke e que de alguma forma, fazem parte do passado dele, que é um mistério até para a própria Eve.
Já comentei bastante sobre a Série Mortal num post mais detalhado (clique aqui), mas para quem não conhece trata-se de um romance policial futurista em que temos como protagonista a detetive Eve Dallas, responsável por investigações de homicídios dos mais bizarros, contando para isso com toda a tecnologia disponível no ano de 2058. A parte do romance fica a cargo do relacionamento de Eve com Roarke, um mocinho literário dos mais idolatrados, que de bonzinho não tem nada. Ele é um irlandês multimilionário e sua fortuna não foi criada da forma mais honesta. Driblar a lei, para ele, chegava a ser uma espécie de hobby, até se apaixonar pela durona tenente, por quem ele tenta permanecer na linha. Ele tenta.
A série é gigantesca, com mais de 30 livros lançados, 16 deles no Brasil, mas em nenhum momento é cansativa. Considerando o tanto de livros que ainda me faltam ainda estou muito no começo, mas arrisco dizer que é uma das minhas séries literárias preferidas. Cada livro conta a investigação de um caso e tem começo meio e fim, além de avançar pouco a pouco a história de Eve, Roarke e companhia. Ah, sim, a série é escrita pela J.D. Robb, que nada mais é que um pseudônimo da Nora Roberts.
Em Vingança Mortal, o sexto livro da série, acompanhamos o caso de um assassino sádico, cruel, fanático e que acredita ser um enviado de Deus para fazer justiça, uma espécie de Anjo Vingador, vingando um fato passado. Esse fato passado envolve Roarke e desde o começo já descobrimos qual é, sabemos assim o que motivou o assassino, apesar de ainda não sabermos sua identidade. As cenas das mortes são de embrulhar o estômago e de deixar chocados com a frieza e maldade desse assassino.
Como já mencionei, a cada um dos livros, além dos casos que a Tenente Dallas investiga, descobrimos um fragmento do passado obscuro da nossa protagonista e vamos descobrindo os fatos que a moldaram, que a tornaram a pessoa que ela é. Nesse livro, porém, o passado que vem à tona é o do Roarke, que é tão sombrio quanto o da Eve.
Bom, o Roarke é o sonho de consumo de todas as leitoras da Série Mortal. Sem exceção. Até hoje não encontrei ninguém que tenha lido os livros e não nutrisse ao menos uma quedinha literária por ele. *suspira* Fora isso, eu sempre me divirto com o quanto ele é absurdamente rico. Já comentei aqui, em todos os livros, se um prédio é mencionado, um hotel, um clube, um resort interplanetário, o proprietário é o Roarke. Gostei muito de saber um pouco mais sobre o passado dele, sobre sua origem, seus traumas.
Além dos personagens principais que eu adoro outro ponto que é fundamental para os livros dessa série serem irresistíveis são os personagens secundários. Summerset, o mordomo ranzinza de Roarke, Peabody, a assistente de Eve (uma das minhas favoritas), Dra. Mira, a psiquiatra forense, a repórter Nadine, Feenye e Mavis (que infelizmente aparecem pouco nesse livro). Ainda temos a adição de mais um personagem secundário muito interessante, Ian McNab, que chega para ajudar Eve com a parte eletrônica de seu caso e com seu jeito debochado e atrevido, além de seu rabo de cavalo loiro, seus brincos e roupas pouco apropriadas para um policial e seu indisfarçável interesse na Peabody, já me ganhou.
O livro tem muitos quotes interessantes, e eu vou deixar um dos mais engraçadinhos:
" – Não, na verdade preferia que esta conversa nem mesmo estivesse acontecendo. E não venha dar uma de gostosão pra cima de mim não, Roarke, não comece!...
Ele abriu a caixa laqueada sobre a sua mesa, escolheu, com todo o cuidado, um cigarro e disse, brincando:
– Mas eu sou gostosão, tenente."
Ninguém aqui discorda de você, Roarke, seu lindo!, rss
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